PARCERIA
Argentina prepara acordo com o governo israelense
Segundo Javier Milei, acordo com Tel Aviv está pautado na defesa da liberdade e democracia, além do combate ao terrorismo e à ditadura
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 22/11/2024 11:53
Javier Milei, presidente da Argentina (Foto: JUAN MABROMATA/AFP ) |
O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou que trabalha em um acordo com Tel Aviv pautado na defesa da liberdade e democracia, além do combate ao terrorismo e à ditadura.
Em uma reunião com empresários dos dois países, Milei afirmou que o acordo visa ainda fortalecer a amizade que existe historicamente entre Israel e a Argentina. “As boas relações entre Buenos Aires e Tel Aviv, juntamente com os Estados Unidos, representa o mais importante parceiro geopolítico da Argentina. Temos uma afinidade natural com o povo israelense e também a convicção imperturbável de acompanhar, ajudar e trabalhar em conjunto com o Estado de Israel sempre que possível”, destacou.
Antes do anúncio, Milei criticou os mandados de captura do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant. “A decisão ignora o direito legítimo de Israel de se defender perante os constantes ataques de organizações terroristas como o Hamas e o Hezbollah", escreveu na rede social X.
O líder argentino ainda recriminou os kirchneristas de terem feito um memorando com o Irã.
Em 2013, a então presidente argentina Cristina Kirchner assinou um acordo com Teerã que previa a criação de uma comissão da verdade para investigar um ataque à bomba contra a Associação Mutualista Israelita-Argentina em Buenos Aires em 1994. O acordo, que permitiria aos procuradores argentinos viajarem ao Irã para interrogar os acusados, foi ratificado pelo Congresso de Buenos Aires, mas não pelo Parlamento iraniano. "Assinaram pactos espúrios de silêncio e cumplicidade com o crime", acusou Milei, acrescentando que o seu governo defende e avança com sanções, alianças em defesa da justiça e da liberdade.
Milei já visitou Israel em fevereiro e causou controvérsia ao comparar o ataque do Hamas ao Holocausto e a intenção de transferir a embaixada argentina para Jerusalém.