INVESTIGAÇÃO
Alvo do 8/1, radialista critica Moraes com tornozeleira na mão: "Você é safado"
Apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Roque Saldanha é morador de Governador Valadares (MG) e se autointitula membro da "bancada da bala"Publicado em: 27/11/2024 21:32
Saldanha ficou preso por 10 dias como parte da operação Lesa Pátria (foto: Redes sociais/Divulgação) |
O radialista Roque Saldanha, alvo da Polícia Federal em janeiro de 2023 após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília, voltou a gerar polêmica nas redes sociais. Em um vídeo divulgado nesta terça-feira (26/11), ele aparece segurando a tornozeleira eletrônica que deveria estar usando e profere ataques contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, chamando-o de “vagabundo” e “safado”.
Morador de Governador Valadares (MG), Saldanha ficou preso por 10 dias como parte da operação Lesa Pátria. Apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele se autointitula membro da “bancada da bala” e, no vídeo, mantém o tom agressivo em suas falas contra o ministro, relator dos processos no STF.
“O senhor é safado, porque 'tava' vendendo sentenças para políticos (em seu apartamento). A diferença é que eu sou homem e você é safado, pilantra, rapaz. Nem em Brasília no 8 de janeiro eu estava, rapaz”, disse.
“O senhor está sabendo que eu não posso usar isso mais (a tornozeleira), porque minha perna 'tava' toda ‘comida’, tem fotos e vídeos protocolados no processo (sic). Estado democrático de direito do c* do senhor, da 'caçapa do seu c*, entendeu. Pega essa tornozeleira e abre seu c* e enfia lá dentro, rapaz. Eu sou homem. Se você quiser conversar só eu e o senhor, (só) nós dois juntos. Você confia muito na (Polícia) Federal. Inclusive, esses delegados tem que tomar vergonha na cara, porque ficam trabalhando em prol de bandido do STF”, disse Saldanha no vídeo.
A reportagem procurou o STF e a Polícia Federal para comentar o caso, mas, até o fechamento desta matéria, não houve retorno.
Crime
De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), a conduta de destruir tornozeleira eletrônica utilizada para monitoramento de acusado caracteriza crime de dano simples, e não qualificado, por se tratar de bem de natureza privada pertencente à empresa prestadora de serviço público e ser irrelevante a responsabilidade contratualmente conferida ao ente federado pelos prejuízos decorrentes de aparelhos danificados.
Confira as informações no Correio Braziliense.