ELEIÇÕES
Lula entra na campanha de segundo turno dos aliados
Presidente tenta turbinar candidato e também faz vídeos com nomes que apoia. No caso do candidato do PSol, primeiras sondagens o mostram bem distante de Ricardo Nunes, que tenta a reeleição
Publicado em: 11/10/2024 08:21
Candidato do PSol está a uma grande distância de Nunes. Vídeo com Lula serve para tentar equilibrar a disputa (Crédito: Ricardo Stuckert / PR) |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o dia em Brasília, antes de viajar para Fortaleza e Belém, para gravar campanhas eleitorais com aliados. Um deles o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), que está no segundo turno da corrida eleitoral à Prefeitura paulistana contra Ricardo Nunes (MDB). O candidato apoiado por Lula, porém, recebeu uma má notícia: nas duas pesquisas de intenção de votos divulgadas ontem, do Datafolha e do Instituto Paraná Pesquisas, ele está muitos pontos percentuais atrás do adversário, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mais cedo, Boulos participou daquele que seria o primeiro debate do segundo turno, na rádio CBN. Terminou por ser uma sabatina, uma vez que Nunes não compareceu. A certo momento, o candidato se aborreceu porque não estavam lhe fazendo perguntas sobre a capital paulista. A irritação veio depois de uma pergunta da jornalista Vera Magalhães, que indagou a Boulos se o mau desempenho de Edmilson Rodrigues, seu correligionário e que ficou de fora do segundo turno em Belém, não era um atestado sobre a pouca competência administrativa do PSol.
A derrota do partido de Boulos na capital paraense tornou-se motivo de ironia para Nunes. Em sabatina da TV Record, também ontem, ele alfinetou a ajuda de Lula ao adversário e citou o fato de Edmilson não ter recebido apoio do Palácio do Planalto.
"Vamos pegar a única capital do Brasil governada pelo PSol, que é lá em Belém, e o prefeito sequer foi para o segundo turno, com 80% de rejeição. Por que o governo federal não ajudou o candidato do PSol lá?", questionou Nunes.
Segundo o prefeito que tenta a reeleição, Boulos foi o candidato mais votado nos presídios, onde, segundo Nunes, teve 100% dos votos. "Tem um dado importante: quem foi o candidato a prefeito mais votado nos presídios? Guilherme Boulos. Teve presídio em que ele teve 100% dos votos", acusou.
Nunes voltou a acenar aos eleitores de Pablo Marçal (PRTB), indicando ser o "melhor caminho" para a cidade. O prefeito também mandou um recado para aqueles que votaram em Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB). "O eleitor decidiu, no segundo turno, que sou eu e Guilherme Boulos. Agora, a gente fala com os eleitores. Os eleitores do Marçal, Tabata e Datena são muito bem-vindos. O que o eleitor de Marçal tem como característica? Ser de direita. É o que represento, o centro e a direita. Tem um campo do eleitor do Marçal que fala do empreendedorismo e faço, aqui, um reconhecimento: estou fazendo muitas ações de empreendedorismo, mas falo muito pouco. Ele trouxe, dentro deste debate, que preciso falar mais e colocar de forma mais clara e melhorar minhas ações em relação ao empreendedorismo", salientou.
Gravações
Além de gravar vídeo em apoio a Boulos, Lula fez registros na Granja do Torto, com candidatos à prefeitura de Olinda (PE), Niterói (RJ) e Cuiabá (MT). O pernambucano Vinicius Castello (PT) é o favorito a levar a prefeitura de Olinda, já que teve 38,75% dos votos no primeiro turno. Ele superou a candidata Mirella Almeida (PSD), indicada pelo atual prefeito, Professor Lupércio, que alcançou 30%.
Lúdio Cabral (PT) ficou em segundo lugar no primeiro turno das eleições, com 28,31% dos votos. Ele enfrenta o bolsonarista Abilio Brunini (PL), que fez 39,61% dos votos válidos. Lula estaria evitando ir à capital de Mato Grosso pela rejeição que Lúdio poderia sofrer.
Candidato da base do governo de Lula, Rodrigo Neves (PDT) é o favorito em Niterói - no primeiro turno, fez 48,47% dos votos contra 35,59% do bolsonarista Carlos Jordy (PL).
As informações são do Correio Braziliense.