ENERGIA
Conta de energia fica mais cara a partir de hoje (01)
Acionamento da bandeira vermelha em patamar 2 não ocorria há 13 anos. Com a medida, o consumidor pagará R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh)
Publicado em: 01/10/2024 08:18 | Atualizado em: 01/10/2024 09:18
A bandeira tarifária em patamar 2 foi acionada a última vez em agosto de 2011 (Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil) |
A partir desta terça-feira (1º/10), o brasileiro terá um valor a mais para pagar nas contas de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que a bandeira tarifária para o mês de outubro será a vermelha, patamar 2.
Com isso, o consumidor pagará R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos — um aumento na prática de R$ 3,41, tendo em vista que a bandeira patamar 1 em setembro estava em R$ 4,46. Isso ocorre em função dos baixos níveis dos rios e pela elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro. Com a grande estiagem, o Sistema Interligado Nacional poderá utilizar energia gerada por usinas térmicas, que queimam combustíveis.
O acionamento da bandeira tarifária vermelha no patamar 2 não ocorria há 13 anos. A última vez foi em agosto de 2011. Em abril de 2022, uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada e interrompida em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto e a vermelha, patamar 1, em setembro.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. O mecanismo da bandeira vermelha funciona como uma forma de alertar o consumidor sobre a situação enérgetica do país. A Aneel afirma que com as bandeiras tarifárias, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. "Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Pela regra anterior, que previa o repasse somente nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto", conclui.
As informações são do Correio Braziliense.