Investigação
''Assassinato de reputação'', diz Gusttavo Lima sobre Operação Integration
O cantor se pronunciou sobre a operação através de uma live no Instagram nesta segunda-feira (30)
Por: Adelmo Lucena
Publicado em: 30/09/2024 17:58 | Atualizado em: 30/09/2024 18:09
Foto: Reprodução/Instagram |
Indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco na Operação Integration, que apura lavagem de dinheiro e jogos ilegais, o cantor Gusttavo Lima, de 35 anos, fez uma live no Instagram, na tarde desta segunda-feira (30), para comentar a investigação.
O artista classificou a ação como “assassinato de reputação”. Ele chegou a ter um mandado de prisão preventiva expedido por uma juíza da 12ª Vara Criminal do Recife, no dia 23 de setembro. A decisão foi revogada no dia seguinte, em segunda instância.
“Eu nem sei por que eu estou passando por isso. Isso para mim é assassinato de reputação. É o que eu estou sentindo”, disse Gusttavo Lima durante a live, que contou com a paritcipação do advogado dele, Cláudio Bessas.
Na transmissão, o artista comentou sobre a compra do jatinho de modelo Cessna Citation XLS, que foi vendido duas vezes para pessoas igualmente investigadas pela Operação Integration.
“Não sei quantos aviões já tive na minha vida. Mas, gente, comprar um avião não é como comprar um carro”, disse o cantor antes de mostrar documentos com datas e assinaturas sobre a aquisição da aeronave. "Estou à disposição da Justiça 24 horas por dia", completou.
De acordo com a apuração da Operação Integration, o jatinho está no nome da produtora Balada Eventos, empresa responsável pelos shows de Gusttavo Lima, e foi vendido duas vezes para pessoas investigadas na operação.
A primeira compra foi no valor de R$ 32,6 milhões pela empresa Sports Entretenimento, do pernambucano Darwin Henrique da Silva Filho. Ele se desfez do avião dois meses depois, alegando problemas técnicos.
Na live, Gusttavo Lima também negou ser sócio da Vai de Bet, empresa que pertence a José André da Rocha Neto, que estava na Grécia com o sertanejo no dia da deflagração da Operação Integration.
"Negativo, doutor, não sou sócio da Vai de Bet. Sou garoto-propaganda. O que o contrato diz é que eu seria dono de 25% da marca em uma possível marca. Mas sou funcionário. Eu poderia ter escolhido um pagamento fixo, mas prefiro ter participação de 25% para valorizar esta marca, mas todas as notas fiscais mostram que não sou dono”, disse o artista.
O cantor ainda elogiou a atitude do Governo Federal em fiscalizar as casas de apostas e destacou que sempre alertou os fãs sobre o uso destas plataformas.
“Eu sempre falei, gente, jogo não é renda. Me enche de alegria saber que vai ser regulamentado. Era o meu sonho que, na escola, se ensinasse educação financeira. O governo está de parabéns em fazer essa regulamentação”, finalizou.
Gusttavo Lima cancelou o show que faria em Petrolândia nesta quarta-feira (2). Ele receberia um cachê de R$ 1,1 milhão para cantar na cantar na festa de São Francisco de Assis.
Entenda o caso
O cantor teve a prisão preventiva decretada suspeito de estar envolvido em lavagem de dinheiro vindo de jogos ilegais de apostas. Ele também teria ajudado os donos da Vai de Bet a escaparem da Justiça durante uma viagem à Grécia.
A suspeita da polícia é de que a Balada Eventos, empresa do cantor também fazia um esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais.