Combate ao crime
Polícia desarticula quadrilha que vendida celulares roubados pela internet e alerta para risco de compra de telefone sem nota
Dois homens de 24 e 22 anos foram presos e um adolescente de 17 anos acabou sendo apreendido. Todos eles são suspeitos de integrar o grupo que atuava em Camaragibe, no Grande Recife
Por: Wilson Maranhão
Publicado em: 20/05/2024 12:50 | Atualizado em: 20/05/2024 13:54
Celulares roubados foram apreendidos (Foto: Polícia Civil) |
A Polícia Civil pernambucana divulgou, nesta segunda (20), uma operação que terminou com a desarticulação de uma quadrilha especializada na venda e na receptação celulares roubados ou furtados por meio de sites na internet.
Diante dos resultados da operação, a corporação fez um alerta importante aos consumidores: é preciso evitar a compra de telefones móveis sem a nota fiscal.
Segundo a polícia, o consumidor que compra celular sem o comprovante comete crime de receptação do produto.
Por isso, está sujeito a ter complicações durante uma possível abordagem policial.
Titular da Delegacia da Mustardinha, o delegado Ernesto Novaes concedeu uma entrevista e explicou como a polícia desmantelou a organização criminosa.
Segundo ele, dois homens de 24 e 22 anos foram presos e um adolescente de 17 anos acabou sendo apreendido.
Todos eles são suspeitos de integrar o grupo que atuava em Camaragibe, no Grande Recife.
A organização também atuava no tráfico de drogas na mesma região.
“A pessoa que resolve comprar um celular, seja por anúncio, por internet ou até mesmo terceiros, deve se precaver. É importante saber se aquele aparelho, de fato, é de origem lícita. O sistema Alerta Celular, da Secretaria de Defesa Social (SDS), está disponível para que a população possa consultar e saber se aquele produto tem restrição. Se o indivíduo, mesmo sendo um cidadão de bem, mas que tenha adquirido um celular de origem duvidosa, durante uma abordagem policial, vai responder por crime de receptação, caso fique comprovado que aquele celular possui restrição”, alertou o investigador.
Prisões
As prisões aconteceram no dia 16 deste mês, em uma residência, no bairro de João Paulo II, no Centro de Camaragibe.
Na casa onde a polícia prendeu os três suspeitos, havia 11 celulares, todos constando restrições de roubo e furto.
Além disso, foram apreendidos 25 munições de calibre 12, uma balaclava, uma pequena quantidade de drogas e um aparelho chamado Jammer, que bloqueia sinais de rastreamento.
O uso dele é restrito para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a venda é proibida para consumidores.
Como funcionava
Delegado falou sobre prisões (Foto: Marina Torres/DP) |
Segundo o delegado Ernesto Novaes, o grupo criminoso atuava na venda e compra de celulares roubados por meio da internet e enganava os interessados com comprovantes falsos de transferências por meio de PIX.
“Eles vendiam aparelhos roubados para um receptador que atua em Caruaru (Agreste). Estamos avançando nas investigações para localizá-lo. O grupo também comprava aparelhos de origem ilícita e fazia o contato com o vendedor. Mandava um veículo por aplicativo buscar o aparelho e enviava um comprovante falso de PIX. Eles usavam identidades falsas para poder praticar esses crimes”, explicou o investigador.
Ainda segundo o delegado, o grupo também atua no tráfico de drogas em Camaragibe.
Todos os detidos têm passagem pela polícia por venda de entorpecentes.
Os adultos presos foram encaminhados para audiência de custódia, onde ficarão à disposição da Justiça.
Até a última atualização desta matéria, não havia informações se os suspeitos foram recolhidos para alguma unidade prisional do Estado.
Já o adolescente, foi recolhido para Unidade de Atendimento Inicial (Uniai) da Fernandes Vieira, no bairro da Boa Vista, na área Central do Recife.