Combate ao crime

Quinze mandados são cumpridos contra suspeitos de peculato e lavagem de dinheiro; servidores da Justiça estão na mira

Operação Themis foi deflagrada, nesta quinta (25), pela Polícia Civil de Pernambuco, em várias regiões do Estado e na Paraíba

Publicado em: 25/04/2024 07:06 | Atualizado em: 25/04/2024 09:10

Relógios foram apreendidos em operação  (Foto: Polícia Civil )
Relógios foram apreendidos em operação (Foto: Polícia Civil )
Quinze mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos, nesta quinta (25), em uma ação policial contra uma organização criminosa que praticava peculato e lavagem de dinheiro.
 
Entre os alvos de mandados de prisão expedido para a Operação Themis estão funcionários públicos do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
 
Um desse mandados foi cumprido na Paraíba. Os nomes deles não foram divulgados, assim como qual são as acusações específicas. 
 
Um desses mandados foi expedido para ser cumprido na Paraíba.
 
Peculato é o crime que fica configurado quando o servidor público  obtém vantagem indevida usando o cargo. 
 
A ação também foi realizada pela Polícia Civil pernambucana no Recife, em, Gravatá e Sairé, no Agreste, além de Afogados da Ingazeira e Igraracy, no Sertão. 
 
Foram expedidos pelas  Vara dos Crimes contra a Administração Pública e a Ordem Tributaria da Capital, seis mandados de prisão e nove de busca.
 
Também foi determinado o bloqueio de ativos financeiros.
 
Imagens divulgadas pela polícia mostram joias e relógios de luxo apreendidos. 

Por meio de nota, a polícia disse que essa é a 21ª operação de repressão qualificada do ano. 
 
Ela é vinculada à Diretoria Integrada Especializada, sob a presidência do Delegado Breno Maia, Titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção – 1ª Deccor.
 
Essa é uma unidade do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). 

A investigação foi iniciada em outubro de 2023.
 
A meta era desarticular a organização criminosa envolvida também com falsidade ideológica e comunicação falsa de crime.
 
Participaram 65 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.

As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco e pelo Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro.
 
Houve, ainda, o apoio operacional do Comando de Operações e Recursos Especiais – CORE/PCPE, do Tribunal de Justiça de Pernambuco – TJPE e da Polícia Civil do Estado da Paraíba – PCPB.
 
O nome da ação é uma referência  a Themis, a deusa da Justiça.  
 
O que diz o TJPE

Por meio de nota, o Tribunal de Justiça disse que entre os presos há servidores do Poder Judiciário.
 
Eles teriam relação com falsificação e  expedição indevidas de alvarás.
"Dois desses servidores já estão com decisão administrativa de demissão", afirmou.

O TJPE dise, ainda, que "tão logo cientificada dos supostos desvios praticados à época pelos servidores, a Corregedoria Geral de Justiça estadual direcionou o caso à Divisão de Investigação e Apuração do TJPE, que, após aprofundamento das investigações e diante de provas contundentes de ilícitos penais, articulou o direcionamento do caso ao DRACCO, objetivando representação por Medidas Cautelares de Urgência".