Protesto
Sindicato faz protesto por justiça e pede pagamento de indenização por morte de porteiro em Boa Viagem
O Sieec solicita que o valor seja destinado para a família de José Washington de Santana, morto por um morador do condomínio onde trabalhava
Por: Adelmo Lucena
Publicado em: 19/02/2024 17:00 | Atualizado em: 19/02/2024 17:24
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Foto: Sieec via Instagram |
Os integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Condomínio (Sieec-PE) realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (19) na frente do Edifício Monte Pascoal, em Boa Viagem, no Recife, onde o porteiro José Washington de Santana, de 53 anos, foi assassinado por um morador. A manifestação pediu mais segurança e justiça pelo funcionário do prédio.
Por meio de uma postagem nas redes sociais, o sindicato destacou que, através do departamento jurídico, está “prestando toda a assistência jurídica para os familiares do porteiro, nas esferas previdenciária e trabalhista, e como o porteiro estava em pleno exercício de suas atividades laborais no momento do ocorrido, o fato configura-se como acidente de trabalho, passível portanto de reparação, onde já estamos adotando as medidas judiciais cabíveis para buscar uma uma indenização em decorrência do acidente de trabalho com evento morte”.
O Sieec ainda informou que a categoria “está consternada com essa tragédia, está enlutada com a família do porteiro e a luta do sindicato será buscar medidas que assegurem maior proteção dos porteiros no seu ambiente de trabalho”.
O porteiro foi assassinado a tiros pelo major médico da reserva da Polícia Militar Carlos Frederico Cabral da Silveira após não ter informado o paradeiro da esposa do PM, que foi agredida antes de fugir do prédio junto com a filha. Após cometer os crimes, o policial tirou a própria vida.
Major da PM respondia por outros crimes
O major médico da reserva da Polícia Militar Carlos Frederico Cabral da Silveira já respondia desde 2021 pelo crime do art. 15 da Lei 10.826/03, que corresponde a “disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela”.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) chegou a denunciar o policial à Justiça, mas destacou que “denunciado não foi localizado nos endereços dos autos, apesar dos esforços”.