Porto do Recife vai arrendar quatro terminais para a iniciativa privada

Arroz, milho, trigo e malte estão entre os insumos que serão armazenados (Porto/Divulgação)

O Porto do Recife anunciou o arrendamento de quatro terminais de carga para a iniciativa privada. Com investimentos na ordem de R$ 60 milhões, a operação será executada por meio de leilões públicos, geridos pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Entre os insumos que serão armazenados estão itens que já fazem parte do leque do atracador, como arroz, milho, trigo, malte, barrilha e alguns tipos de fertilizantes. De acordo com a estatal, o edital será lançado em março e a licitação está marcada para ocorrer em até 60 dias, em maio deste ano. A expectativa é de um crescimento de 25% na movimentação, até dezembro de 2024.

"Hoje, já contamos com 15 operadores cadastrados. O uso do porto para carga e descarga é variável ao longo do ano e os responsáveis pelos volumes devem escolher em qual dessas empresas cadastradas irão realizar o serviço", explicou o presidente, Delmiro Gouveia. Segundo ele, também não será necessária a construção de todos os terminais do estágio zero. "Três deles já existem e vamos realizar um processo de reforma e modernização. Apenas um deles será erguido para o armazenamento de cevada, malte, trigo e milho em silos", acrescentou.

Ainda conforme Gouveia, o investimento previsto pela Antaq inclui a adoção de técnicas e a aquisição de equipamentos de alta tecnologia, em consonância com as mais modernas operações presentes no país. "Apenas no ano passado, o porto acondicionou mais de um milhão de toneladas dessas cargas que também serão lançadas nestes novos armazéns que serão licitados", explicou o gestor. O ancoradouro, presente na capital pernambucana, conta com a capacidade de receber até sete navios ao mesmo tempo.

Conforme balanço da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC), que administra o Porto do Recife, foi registrada, em 2023, uma movimentação de 1.374 toneladas. Mediante o levantamento, alguns dos produtos mais circulantes foram o açúcar, trigo e bobinas de aço. Para além do transporte de cargas, o turismo também tem um caminho pavimentado no equipamento. Até maio deste ano, um total de 22 navios devem fazer escala no Recife, trazendo mais de 40 mil turistas e aquecendo a economia local, dinamizando setores como o comércio, transporte, alimentação e hospedagem.