GUERRA

OTAN admite situação militar extremamente difícil na Ucrânia

Secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte defendeu o apoio que continua a ser prestado pelos países da aliança militar à Kiev

Publicado em: 21/02/2024 15:10 | Atualizado em: 21/02/2024 15:33

Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN (Foto: JOHN THYS / AFP
)
Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN (Foto: JOHN THYS / AFP )
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, reconheceu hoje que a situação militar na Ucrânia é "extremamente difícil", porém considerou positivos os esforços no valor de milhões de euros para apoiá-la.
 
Stoltenberg defendeu o apoio que continua a ser prestado pelos países da aliança militar à Kiev, que nos últimos dias anunciaram pacotes de apoio de milhões de dólares, incluindo armamento e equipamento militar.
 
Mas, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, também confessou que está ficando sem armas para travar o avanço das forças russas e que as condições são profundamente difíceis em várias partes da linha da frente. “É mais complicada precisamente onde as tropas russas concentraram reservas máximas e Moscou está tirando vantagem dos atrasos na ajuda militar à Ucrânia. É um tema muito sensível. Escassez de artilharia, a necessidade de defesa aérea e de armas de longo alcance. Estamos  trabalhando com os nossos parceiros para retomar a assistência enquanto reforçamos a nossa própria indústria de defesa", disse.
 
Stoltenberg acrescentou que os aliados são a maior vantagem dos EUA, em relação à Rússia e à China e, ainda que a melhor forma de honrar a memória de Alexei Navalny é ajudar a Ucrânia. Por usa vez, a administração de Joe Biden anunciou essa semana que está disposta a enviar mísseis táticos de longo alcance a Kiev se a Câmara dos Deputados dos EUA ultrapassar o impasse e aprovar o pacote de ajuda à Ucrânia.
 
Já o líder da Aliança Atlântica, além disso, se reuniu com o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, para discutir sobre a segurança no Mar Negro.  "A guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia tem consequências para a segurança alimentar em todo o mundo", apontou. 
 
À semelhança do que acontece na Ucrânia, a Geórgia, que é um parceiro próximo da OTAN, teve cerca de 30% do território ocupado por militares russos, que anexaram estas partes e depois se declararam unilateralmente como repúblicas independentes. 
 
Europeus descrentes de vitória da Ucrânia  
 
Apesar do apoio à Ucrânia continuar elevado na União Europeia, uma nova pesquisa indica que os políticos devem se concentrar na definição de uma paz aceitável, perante os resultados. Somente um em cada dez europeus acredita que a Ucrânia pode derrotar a Rússia, de acordo com a pesquisa realizada em 12 países da UE, que concluiu que o pessimismo sobre o resultado da guerra esta sendo alimentado pelas falhas na contraofensiva das tropas ucranianas e por uma potencial mudança de política dos EUA com a possibilidade de Donald Trump chegar à Casa Branca.
Tags: guerra | ucrânia | otan |

COMENTÁRIOS

Os comentários a seguir não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.