DIPLOMACIA

Lula sobre Conselho de Segurança da ONU: ''É preciso acabar com poder de veto''

Presidente Lula pediu paz para a Faixa de Gaza em discurso ao lado do ditador egípcio, Abdel Fattah al-Sisi

Publicado em: 15/02/2024 11:05 | Atualizado em: 15/02/2024 11:10

Lula em Cairo, no Egito  (crédito: TV Brasil/ reprodução)
Lula em Cairo, no Egito (crédito: TV Brasil/ reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu paz para o conflito na Faixa de Gaza durante declaração à imprensa, em Cairo, no Egito, onde faz uma visita oficial. Lula ainda disse que os países membros do Conselho de Segurança da ONU não devem fomentar a guerra. "É preciso acabar com o poder de veto dos países. É preciso que os membros do Conselho de Segurança sejam atores pacifistas e não atores que fomentam a guerra", afirmou. 

 

Ao lado do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, na manhã desta quinta-feira (15/2), Lula disse ainda que "Não haverá paz sem um Estado palestino convivendo ao lado a lado com Israel dentro de fronteiras mutualmente acordadas e internacionalmente reconhecidas". 

 

O presidente disse que é "urgente estabelecer um cessar-fogo definitivo que permita a prestação de ajuda humanitária" na região, além da liberação dos reféns. 

 

Lula ainda justificou a decisão do Brasil de apoiar o processo da África do Sul contra Israel por acusação de genocídio na Corte Internacional. "O Brasil é terminantemente contrário a tentativa de deslocamento forçado do povo palestino. Por esse motivo, entre outros, o Brasil se manifestou em apoio ao processo instaurado na justiça pela África do sul", disse.  

 

O chefe do Executivo ainda agradeceu ao presidente egípcio o apoio para repatriar os brasileiros que estavam na Faixa de Gaza. A fronteira com o Egito é a única saída de Gaza que não seja por Israel. Nos últimos dias, Israel disse que irá ampliar suas operações militares na cidade de Rafah, fronteira com o Egito. 

 

Lula está na África para uma visita de três dias que também inclui uma passagem pela Etiópia. 

 

As informações são do Correio Braziliense.

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