''É a despedida de algo que não deveria acabar'', diz folião nos últimos momentos de festa em Olinda

Para muitos foliões, a comemoração só termina nesta Quarta-Feira de Cinzas (14). (Foto: Sandy James/DP Foto)

 

O carnaval chegou ao fim na terça-feira (13), de forma oficial. 

 

Para muitos foliões, no entanto, ele só termina nesta Quarta-Feira de Cinzas (14). 

 

Em Olinda, ainda teve música, pessoas fantasiadas e um gostinho de quero mais para o próximo carnaval.

Com o cortejo do bloco Bacalhau do Batata, que guiou um grande público da descida do Alto da Sé até a prefeitura, muitos locais e turistas cantavam e se abraçavam.

Como é o caso dos amigos Wagner e Daniel, que vieram curtir o período momesco em Olinda e voltam ainda hoje para Feira Nova, município localizado no interior de Pernambuco.

Para o arquiteto José Wagner, de 32 anos, a experiência valeu a pena . Ele ressaltou que curtiu todos os dias de Carnaval.

‘’Primeira vez no Carnaval de Olinda. Foi maravilhoso! hoje, vou para casa (Feira Nova)". 

A experiência foi boa, vou voltar mais vezes. Olinda tem um calor humano que só tem aqui".

 

Daniel Almeida, 31 anos, também de Feira Nova é assistente social, e comentou que brinca há mais de dez anos em Olinda, mas que foi a primeira vez que passou todos os dias de folia, sem voltar para casa.

‘’Dessa vez, passei o Carnaval inteiro aqui, então eu digo que esse foi o melhor pra mim. Eu vi o Homem da Meia-Noite. Foi maravilhoso! tirando as dores nos pés e um pouco da ressaca [riso] foi tudo maravilhoso!’’ disse Almeida. 

Chegando ao bairro do Varadouro, um casal que aproveitava o fim do cortejo, enalteceu a folia do local. 

Aos 32 anos, Vanessa Carvalho é enfermeira e natural de Natal no Rio Grande do Norte. Ela relatou que foi a primeira vez nas comemorações de Olinda.

‘’Primeira vez aqui, eu achei muito legal e diferente também! Eu nunca havia participado de nada parecido. Em Natal, não tem essas coisas não! Pretendo voltar ", pontuou Vanessa.

Seu companheiro, Augusto Vasconcelos, 34 anos, servidor público, é recifense e já tem o costume de brincar no período momesco. Ele comenta com pesar, a despedida da folia. 

‘’Quarta-feira ingrata! É a despedida de algo que não deveria terminar. E se eu não trabalhar no próximo ano, estarei por aqui novamente’’, frisa Vasconcelos.