GUERRA

Comunidade internacional pressiona Israel a suspender ataques a Rafah

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lançou um apelo ao país para que proteja os civis que vivem no local

Publicado em: 14/02/2024 13:26

Comunidade internacional exerce pressão sobre Israel para que suspenda os ataques militares na cidade de Rafah (Foto: SAID KHATIB / AFP
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Comunidade internacional exerce pressão sobre Israel para que suspenda os ataques militares na cidade de Rafah (Foto: SAID KHATIB / AFP )
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lançou um apelo a Israel para que proteja os civis que vivem em Rafah. O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que apesar de Israel ter o direito de se defender do Hamas, tem a obrigação de proteger os palestinos inocentes em Gaza.
 
A comunidade internacional exerce pressão sobre Israel para que suspenda os ataques militares na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também disse que a Espanha e a Irlanda pediram à Comissão Europeia que analise se Israel está cumprindo com as obrigações de Direitos Humanos, em Gaza. A China também pediu ao Governo de Tel Aviv para suspender a operação militar na cidade de Rafah o mais depressa possível. Pequim avisou que os recentes ataques no sul de Gaza estão agravando o cenário de catástrofe humanitária na região. 
 
Já o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou nesta quarta-feira (14) que dúvida que exista um cenário realista para a retirada da população palestina em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, no caso de uma ofensiva terrestre israelita. "A situação é terrível. Em todo o lado há destruição, em todo o lado há munições por explodir. Estou extremamente preocupado porque pode haver uma ofensiva terrestre em Rafah e não sou o único”, alertou Guterres, acrescentando que a sua preocupação é partilhada pelos EUA, Alemanha e Reino Unido, assim como por muitos outros países amigos e aliados de Israel.
 
Guterres reiterou que a situação humanitária em Gaza não tem precedentes históricos. “Tantas vítimas, tanta destruição em tão pouco tempo é algo nunca visto. Nunca aconteceu antes matarem 156 dos nossos próprios funcionários de uma organização humanitária. Em Gaza, ninguém tem o que comer. Das 700 mil pessoas mais famintas do mundo, quatro em cada cinco habitam aquela pequena faixa de terra", enfatizou.
 
Já a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) descrevem o ambiente em Rafah, como desesperador. “A cidade vem sendo atingida por bombardeios aéreos das tropas israelitas e, além da insegurança, falta de cuidados de saúde, água potável e alimentos. E sobreviver é tudo a que os palestinos podem aspirar, nesta altura”, relata o MSF.
 
O responsável pelo envio da ajuda da ONU diz que a possível operação militar em Rafah pode “levar a um massacre” e deixar as ações humanitárias “às portas da morte”. Faltam, como diz, garantias de segurança, fornecimentos de ajuda e capacidade de pessoal para manter a operação humanitária na região. O governo israelita “não pode continuar a ignorar estes apelos”, indicou.
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