TRATATIVAS

Comissão da Alepe irá se reunir com governo para tentar intermediar negociação com policiais civis

O grupo de parlamentares foi formado após representantes do Sinpol se encontrarem com o presidente da Alepe, Álvaro Porto, nesta segunda (19)

Publicado em: 19/02/2024 14:29 | Atualizado em: 19/02/2024 15:43

A reunião entre deputados estaduais e o Sinpol aconteceu nesta segunda (19), no gabinete da presidência da Alepe   (Foto: Rafaek Vieira/DP )
A reunião entre deputados estaduais e o Sinpol aconteceu nesta segunda (19), no gabinete da presidência da Alepe (Foto: Rafaek Vieira/DP )
 
Uma comissão de deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai se reunir com o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, no Palácio do Campo das Princesas, nesta terça-feira (20), para tentar intermediar a negociação entre o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) e o governo estadual. 

A categoria, que chegou a anunciar uma paralisação durante o carnaval, cobra melhorias salariais e de condições de trabalho.

A expectativa dos policiais é de que, na conversa, na sede do Governo de Pernambuco, seja decidido a data e o horário em que a gestão, o Sinpol e outras quatro entidades sindicais que representam as forças de segurança do estado devem começar a negociar.

O grupo de parlamentares foi formado após representantes do Sinpol se encontrarem com o presidente da Alepe, Álvaro Porto, nesta segunda (19), e entregarem a lista de reivindicações. Também participaram da reunião representantes da Associação de Peritos Papiloscopistas do Estado (Asppape), da União dos Escrivães de Polícia Civil de Pernambuco (Uneppe), da Associação Nacional de Escrivães de Polícia Civil (Anepf), da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), além dos deputados Joel da Harpa (PL), Mauro Ricardo (Republicanos) e Gleide Angelo (PSB). 
O presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB) destacou que o Poder Legislativo irá tentar intermediar as negociações  (Foto: Rafael Vieira/DP)
O presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB) destacou que o Poder Legislativo irá tentar intermediar as negociações (Foto: Rafael Vieira/DP)

“Vamos tratar justamente do que está acontecendo nas polícias em Pernambuco. Como nós da Alepe nos prontificamos a intermediar a negociação, ele [Túlio Vilaça] ficou de até o final do mês sentar com as categorias. Isso que estamos aguardando para que não aconteça no nosso Estado um histórico de greve, que prejudique a população. Então, esperamos sensibilidade tanto de um lado quanto do outro”, ressaltou o presidente da Alepe.

O presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, disse que, caso as negociações não avancem, a categoria não descarta novas paralisações.
O presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, detalhou a lista de reivindicações pleiteadas pela categoria  (Foto: Rafael Vieira/DP)
O presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, detalhou a lista de reivindicações pleiteadas pela categoria (Foto: Rafael Vieira/DP)

“Estamos pautando a questão da reestruturação da Polícia Civil, da padronização das unidades policiais, pois muitas delas estão em situação precária, além de problemas crônicos de plantões a que somos submetidos e a questão salarial. Pernambuco é o que paga o pior salário de um agente no País. Precisamos de um entendimento nessas questões. Estamos querendo avançar e ajudar no Programa Juntos Pela Segurança para reduzir os índices da criminalidade, mas para isso precisa reestruturar a Polícia Civil. Caso as negociações não avancem, não descartamos novas assembleias e possíveis novas paralisações”, destacou.

O presidente da Adeppe, Diogo Melo, acrescentou que o quadro de investigadores sofre com o déficit de profissionais e reclamou da ausência de uma lei orgânica para a classe. 
O presidente da Adeppe, Diogo Melo, falou sobre os problemas que a categoria enfrenta  (Foto: Rafael Vieira/DP)
O presidente da Adeppe, Diogo Melo, falou sobre os problemas que a categoria enfrenta (Foto: Rafael Vieira/DP)

“Há várias situações, primeiro com a lei orgânica, que o Estado não tem. O Congresso Nacional conseguiu recentemente aprovar, porém, precisa ser implantada no Estado, pois é importante assegurar direitos objetivos e claros como hora extra, adicional noturno, e outros direitos que ainda não foram contemplados. Além disso, temos um problema sério de promoção, pois hoje temos o pior salário de delegado substituto, onde ele já entra em situações extremamente defasadas. Desde 2019, temos o pior salário de início de carreira. Queremos negociar tudo isso para amenizar os efeitos que a categoria sofre”, disse.

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