SENADO
Aziz: 'Morreram 700 mil pessoas na pandemia, e não vi histeria da Direita'
Amazonense relembrou a recepção que Jair Bolsonaro teve com a neta de um ex-ministro de Finanças de Adolf Hitler durante seu governo
Publicado em: 20/02/2024 22:51 | Atualizado em: 20/02/2024 23:32
Senador Omar Aziz critica histeria de parlamentares de direita sobre fala de Lula e relembra que não houve a mesma comoção com os 700 mil mortos por COVID-19 no Brasil (foto: Marcos Oliveira/Agência Senado) |
O senador Omar Aziz (PSD-AM) criticou nesta terça-feira (20) o posicionamento de políticos de direita a respeito da fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando as ações militares de Israel contra a população de Gaza com o Holocausto na Segunda Guerra Mundial.
"Morreram 700 mil pessoas no Brasil, e não vi nenhum histerismo na internet por parte da direita nem por parte desta Casa", afirmou o político amazonense citando o número de mortes pela pandemia de COVID-19.
Forte discurso do senador Omar Aziz sobre a cobrança de Rodrigo Pacheco ao presidente Lula. pic.twitter.com/tZ7xM5p4ig
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Entre 2020 e 2023, o Ministério da Saúde registrou mais de 700 mil mortes causadas pela enfermidade. A demora em iniciar a vacinação e as reações do então presidente Jair Bolsonaro (PL), que colocavam em dúvida a segurança e eficácia da imunização, foram apontados como algumas das causas para o alto número de vítimas.
A discussão foi iniciada após o correligionário e presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmar que o Lula deveria pedir desculpas a Israel pela comparação "imprópria" e por que o petista é conhecido por estabelecer pontes entre nações.
Senadores de direita, como Rogério Marinho (PL-RN), Carlos Viana (Podemos-MG) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), defenderam de forma veemente as ações de Israel contra o território de Gaza sob o argumento de punir membros do Hamas.
Aziz, que é filho de palestino, relembrou que, em julho de 2021, Bolsonaro se reuniu com a deputada Beatrix von Storch, líder do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), neta de Lutz Graf Schwerin von Krosgk, ex-ministro das Finanças do regime de Adolf Hitler.
"O presidente Lula nunca abraçou uma deputada nazista, neta de ministro", disse, afirmando que, na época, condenou a presença da alemã.
Na época, ela também se reuniu com o então ministro e atual senador Marcos Pontes (PL-SP) e os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF) e foi criticada pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) e pelo Museu do Holocausto.
Confira as informações no Estado de Minas.
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