Malala Yousafzai conhece o Projeto Meninas em Movimento pela Educação, no Cabo

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, veio conhecer as ações do Projeto Meninas em Movimento pela Educação, no Cabo de Santo Agostinho, nesta quarta-feira (24). O projeto coordenado pelo Centro das Mulheres do Cabo (CMC), apoiado através do Fundo Malala, vem beneficiando meninas, adolescentes e jovens mulheres ativistas no enfrentamento à evasão escolar. 

Malala é conhecida mundialmente por ser o símbolo da luta pelo direito à educação das meninas, sobrevivendo da violência extremista do Talibã. Na ocasião, Malala conversou com as participantes do projeto, foram apresentadas as ações do projeto que visam dar enfrentamento às violações cometidas contra as meninas, focando no combate à evasão escolar e na prevenção do abuso e à exploração sexual contra meninas e adolescentes. A iniciativa já beneficiou mais de 32 mil alunos da rede pública do Cabo.

“É muito importante, e é uma honra estar aqui, e quero agradecer a todas as ativistas pela educação, pelo seu trabalho. As meninas que com todas as dificuldades não desistem e continuam lutando e trabalhando por uma educação de qualidade. E quero deixar meu agradecimento especial às meninas, porque são vocês que são as agentes de mudanças, são vocês que estão no papel de protagonistas que sabem melhor do que ninguém quais são os desafios e as dificuldades que vocês enfrentam, meu muito obrigada", disse a ativista paquistanesa referente ao Projeto Meninas em Movimento pela Educação. 

Malala junto com sua comitiva também esteve no Centro das Mulheres do Cabo (CMC), que é uma organização feminista atuante há 39 anos no enfrentamento as violências de gênero. A coordenadora geral do CMC, Izabel Santos, ressaltou a relevância da vinda de Malala para conhecer a realidade das jovens cabenses. “É uma honra para todas nós do Centro das Mulheres do Cabo receber Malala e desenvolver esse projeto com as meninas ativistas que têm feito toda a diferença em nossa cidade. Além disso, essa iniciativa renova a nossa esperança, porque vivemos quatro anos de retrocessos com um governo que não valorizava a educação nem a ciência, mas estamos voltando, e recuperando a democracia, pois o projeto nos traz mais força”, ressaltou a feminista.