PAGAMENTOS

Popularização do Pix segue derrubando uso do cheque no Brasil; redução chega a 94% desde 1995

Publicado em: 24/01/2023 14:24

Em 2022 foram compensados 202,8 milhões de documentos, uma queda de 7,3% em relação ao ano anterior (Reprodução/EBC)
Em 2022 foram compensados 202,8 milhões de documentos, uma queda de 7,3% em relação ao ano anterior (Reprodução/EBC)
O uso do cheque pelos brasileiros para transações financeiras segue em queda no país. Acompanhando a tendência dos últimos anos, o meio de pagamento registrou uma nova redução de  7,3% em 2022, ano em que foram compensados 202,8 milhões de documentos. Na comparação com 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques, a queda é de 94%, de acordo com o Serviço de Compensação de Cheques (Compe).

O avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking, e a criação do Pix em 2020 são os principais fatores que explicam a significativa redução observada ao longo de cerca de 30 anos no uso do cheque.

"Atualmente, sete em cada dez transações bancárias no país são feitas pelos canais digitais (internet e mobile banking), reflexo da comodidade, velocidade e segurança oferecidas por estes meios de pagamentos. Soma-se a isso também o Pix, que ao longo de dois anos de funcionamento, se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros", afirmou Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da FEBRABAN.

Apesar da redução do número dos cheques compensados em 2022, o total do volume financeiro dos documentos permaneceu estável passando de R$ 667 bilhões em 2021 para R$ 666,8 bilhões no ano passado.

O levantamento também mostrou que o valor médio do cheque aumentou de 2021 para 2022- passou de R$ 3.046,52 para R$ 3.257,88. "Os números mostram que a população está usando o cheque para transações de maior valor, enquanto o Pix é utilizado como meio de pagamento para transações de menor valor,  como por exemplo, em compras com profissionais autônomos, e também para acertar pequenos débitos familiares ou entre amigos", avaliou Walter Faria.

 

 

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