DISTRITO FEDERAL

'Arbitrariedade', diz Kakay sobre operação em escritório de advocacia de Ibaneis

Publicado em: 20/01/2023 16:34

 (Foto: Pablo Giovanni/CB)
Foto: Pablo Giovanni/CB
O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, criticou a determinação de um mandado de busca e apreensão no escritório de advocacia do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Agentes da Polícia Federal entraram no local no início da tarde desta sexta-feira (20/1), para cumprir decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

Além do escritório, a casa de Ibaneis também passa por busca e apreeensão. Kakay classificou a operação como um "atentado à estabilidade democrática". "Esta não é uma questão política, é de respeito aos direitos dos advogados, e dos que precisam se socorrer na advocacia. Na verdade é um atentado à estabilidade democrática", declarou em nota.

Para o advogado, "a busca e apreensão atinge por tabela todos os clientes, com a quebra do sigilo sagrado entre o advogado e cliente". "É assim que se instala a arbitrariedade e o abuso contra o Estado Democrático de Direito", acrescenta.

O especialista criminal elogiou a carreira de Ibaneis na advocacia e defendeu que “a comunidade jurídica e democrática se manifeste” sobre a entrada dos policiais no escritório. “Ibaneis foi presidente da OAB (Ordem dos Advogados Brasileiros) e era, até a posse no cargo de governador, um advogado militante com intensa atuação”, pontuou.

A operação foi solicitada pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O objetivo é apurar informações sobre os atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro — atentado criminoso contra as sedes dos Três Poderes que levou ao afastamento de Ibaneis do Governo do Distrito Federal (GDF).

A PGR e o STF apuram se o governador teve responsabilidade sobre as falhas da Segurança Pública do DF no dia do atentado, que permitiram a invasão e depredação do STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional.

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