Crime

Caso Aldeia: Justiça mantém decisão de mandar Danilo Paes a júri popular

Publicado em: 09/03/2020 15:05 | Atualizado em: 09/03/2020 19:38

Danilo Paes é réu no homicídio do pai, o médico Denirson Paes. (Foto: Camila Pífano/Arquivo DP.)
Danilo Paes é réu no homicídio do pai, o médico Denirson Paes. (Foto: Camila Pífano/Arquivo DP.)
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou recurso especial impetrado pela defesa de Danilo Paes Rodrigues, réu no assassinato de seu pai, o médico Denirson Paes. Assim, está mantida a ida do acusado a júri popular, assim como ocorreu com sua mãe, Jussara Paes, condenada em novembro de 2019 pelo homicídio de Denirson. Por enquanto, não há data prevista para o julgamento de Danilo.

No recurso, a defesa sustentava que “inexistem indícios suficientes para lastrear a decisão”. O intuito era retirar Danilo do júri popular e remeter o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. No entanto, o desembargador Eduardo Paurá reafirmou que existem “indícios de autoria e de provas da materialidade do delito” suficientes para manter o júri, e que “desconstituir tal entendimento, a ponto de impronunciar o acusado, demandaria o revolvimento do contexto fático-probatório dos autos”.

A decisão foi tomada em fevereiro de 2020, mas somente nesta segunda-feira (9) foi tornada pública. A reportagem procurou o advogado de defesa de Danilo, Rafael Nunes, que afirmou que irá recorrer da decisão.

Relembre o caso
O cardiologista Denirson Paes, segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), foi assassinado em 31 de maio de 2018 pela esposa, Jussara, e pelo filho, Danilo. O homem foi esganado e, em seguida, teve seu corpo mutilado em pedaços e escondido em uma cacimba dentro do condomínio de luxo em que morava com a família, em Aldeia, Camaragibe. 

Jussara chegou a registrar um boletim de ocorrência em 20 de junho de 2018, alegando que o marido tinha desaparecido. A Polícia Civil começou a investigar o caso e, em 5 de julho, prendeu a mulher e o filho. Em agosto de 2018, perícia feita pelo Instituto de Medicina Legal (IML) constatou que Denirson foi esganado. O crime teria sido motivado por causa de uma relação extraconjugal do médico.

Em 5 de novembro de 2019, Jussara foi condenada a 19 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
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