Covid-19

Prefeitura de Petrolina corta R$ 14,6 milhões em gastos para combate ao coronavírus

Publicado em: 06/04/2020 19:55

Cortes atingem todas as secretarias municipais, com exceção das pastas de Saúde, Segurança Pública e Social. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Petrolina.)
Cortes atingem todas as secretarias municipais, com exceção das pastas de Saúde, Segurança Pública e Social. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Petrolina.)
A Prefeitura de Petrolina anunciou, nesta segunda-feira (6), um corte de R$ 14,6 milhões em gastos para garantir que essa quantia seja utilizada integralmente no enfrentamento ao novo coronavírus. O dinheiro economizado será aplicado na compra de testes, materiais de proteção individual, criação de novos leitos e pagamento de profissionais, por exemplo. Para chegar à quantia mencionada, foram suspensos contratos vigentes de quase todas as secretarias municipais - com exceção de serviços essenciais, como limpeza - e remanejada a verba originalmente destinada destinada ao São João da cidade, suspenso por prazo indeterminado

Apenas as pastas de Saúde, Social e Segurança Pública ficaram de fora do corte, por serem áreas estratégicas. De acordo com o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, novos cortes poderão ser feitos, de acordo com o avanço da pandemia. “É uma situação delicada, nova para todos os gestores e prefeituras. Estamos precisando nos adaptar a uma outra realidade, com queda de receita, por isso também o estado de calamidade”, disse.

Além do corte de gastos, a prefeitura do município sertanejo também adiou prazos para pagamentos de impostos como IPTU e ISS. "Decidimos adiar por quatro meses o prazo por considerar que a população precisará desse dinheiro para custos mais essenciais. Porém, a prefeitura vive basicamente desses impostos e do fundo dos municípios. Tivemos que cortar muita coisa, suspender contratos e reduzir custos. Com todo esse pacote, será possível ampliar a estrutura de combate ao coronavírus", acrescenta.

“É uma força tarefa para honrar nossas obrigações, como a distribuição da merenda nesse período de isolamento, cuidar dos serviços da saúde, do social. Precisamos economizar e isso requer um esforço conjunto. Nesse sentido, estamos trabalhando 24 horas por dia e avaliando a evolução da crise para fazer novos ajustes, se forem necessários", conclui Miguel.

Recife
No dia 2 de abril, a Prefeitura do Recife fez um anúncio semelhante. Cortou R$ 180 milhões das secretarias com a suspensão ou o remanejamento de contratos e convênios. Esse dinheiro ficará empenhado nas ações de combate à covid-19, com a criação de novos leitos de UTI e de medidas de assistência social. A economia também preserva o tesouro municipal das futuras quedas de arrecadação de tributos e repasses do governo de Pernambuco e da União.

No caso da capital pernambucana, das 23 secretarias, ficaram de fora apenas as pastas de Saúde e de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, por serem fundamentais para o combate à pandemia. O corte foi uma determinação do prefeito Geraldo Julio ao núcleo de gestão do município. “O que estamos vivendo hoje é totalmente diferente do que vivíamos quando o orçamento do município foi definido”, comentou o secretário de Finanças do Recife, Ricardo Dantas, em 2 de abril.
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