Investigação

Mãe e namorado de adolescente torturada e morta em Paulista depõe na Delegacia de Maria Farinha

Publicado em: 28/06/2019 11:59 | Atualizado em: 28/06/2019 12:17

Foto: Bruna Costa/DP Foto.

A mãe e o namorado da adolescente Raíssa Sotero Rezende, de 14 anos, torturada e morta em Paulista na última terça-feira (25), foram até a Delegacia de Maria Farinha nesta sexta (28). Eles serão ouvidos pelo delegado que investiga o caso, Álvaro Muniz. 

A mãe da adolescente, Gerlane Sotero, chegou para depor ainda bastante debilitada e emocionada. Os dois devem ajudar a esclarecer questões importantes para a investigação, como o relacionamento entre Raíssa e a ex-namorada, uma das suspeitas pelo crime. 

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As duas adolescentes suspeitas de matar, torturar e filmar agressões contra Raíssa, à beira mar de Maria Farinha, são reincidentes do sistema socioeducativo. De acordo com a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), uma das suspeitas, J.V.C., de 15 anos, havia cumprido medida de semiliberdade em outubro de 2018.

Já a adolescente J.F.R.S., também de 15 anos, chegou a dar entrada na instituição em 2017, quando cumpriu internação provisória por 45 dias. Após esse período, ela recebeu sentença da Justiça determinando o encaminhamento para a liberdade assistida, cumprida sem vínculo com a Funase.

As duas jovens foram apreendidas em flagrante por ato infracional equiparado ao homicídio, no mesmo dia do crime, e foram encaminhadas ao Centro de Internação Provisória (Cenip). Elas poderão permanecer no local por até 45 dias à espera da sentença da Justiça.

Segundo a Funase, as duas têmacompanhamento de profissionais técnicos e serão inseridas em atividades pedagógicas. Esses atendimentos têm o objetivo de preparar as adolescentes para um possível cumprimento de medida de internação e para a reintegração à sociedade. Dependendo da decisão judicial, elas podem cumprir medida socioeducativa por até três anos.
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