Bicicletas Eixo Cicloviário será iniciado até o final deste ano Edital do primeiro trecho, que terá 5,1 km num percurso do Marco Zero à Fábrica Tacaruna, foi lançado nessa sexta-feira. Projeto total terá 30,7 quilômetros

Publicado em: 20/08/2016 15:37 Atualizado em:

Um percurso de 5,1 km que ligará o Marco Zero do Recife à Fábrica Tacaruna, em Olinda, beneficiando as pessoas que precisam se deslocar de uma cidade para a outra em cima da bicicleta. Esse será o primeiro trecho do Eixo Cicloviário Estruturador, que será concluído em até seis meses. O anúncio foi feito ontem pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco. As obras estão previstas para começarem ainda este ano e custarão R$ 2,5 milhões, somente em sua primeira etapa.

Contemplado no Plano Diretor Cicloviário, o Eixo completo pretende ligar as cidades do Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, totalizando 30,7 quilômetros de extensão. “Depois de implantada, a infraestrutura cicloviária do primeiro trecho atenderá parte das demandas apontadas pelo Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC), criando um importante corredor cicloviário entre áreas bastante populosas da Zona Norte do Recife e o Centro da cidade, garantindo, assim, mais segurança para os ciclistas”, destacou secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras.

“Conversamos com os cicloativistas para receber as demandas deles, depois dialogamos com a prefeitura e hoje lançamos o edital, mesmo que não seja na data que a gente esperava. Começamos a tirar o PDC do papel. Primeiro houve uma especulação, uma estimativa de valor a partir de um termo de referência. Então o projeto se adequou diante dessas mudanças”, completou Felipe Carreras. O destaque turístico ficará por conta dos Sítios Históricos do Recife, Olinda e Igarassu. O projeto beneficiará, aproximadamente, 1,6 milhão de moradores de cinco municípios da Região Metropolitana do Recife.

A primeira etapa do corredor cicloviário passará pela Avenida Rio Branco, Ponte Maurício de Nassau, Avenida Martins de Barros, Praça da República, Ponte Princesa Isabel, Rua da Aurora, Avenida Prefeito Artur Lima Cavalcanti, Avenida Dr. Jayme da Fonte e Avenida Governador Agamenon Magalhães. Uma demanda de grupos de ciclistas reinvindicava espaço exclusivo nas faixas de rolamento nas Pontes Buarque de Macedo e Princesa Isabel, mas, segundo Carreras, uma decisão conjunta da prefeitura e da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano não contemplou a demanda.

Para a coordenadora geral da Ameciclo, a execução do projeto não contempla a demanda inicial dos ciclistas. “O PDC foi fruto de um investimento público e por enquanto a gente só tem ele para fazer valer a nossa infraestrutura cicloviária. Quando ele não sai conforme o que a gente esperava, complica um pouco, já que é nosso instrumento de cobrança. Se o ciclista circula em uma cidade já habituado a compartilhar o espaço com o carro, ele terá que dar o seu jeito para sobreviver. Em uma cidade que desconhece o que é sinalização para ciclista, essa não é uma solução prática”, aponta.