Fiscalização

Maré Vermelha: com 338 casos suspeitos, CPRH volta a fiscalizar focos no mar

Segundo Agência de Meio Ambiente, os resultados não indicaram novas florações ou continuidade do fenômeno Maré Vermelha

Publicado em: 08/02/2024 09:46 | Atualizado em: 08/02/2024 10:53

No período de 26 a 30 de janeiro, foram 278 casos suspeitos. Já entre 31 de janeiro e 4 de fevereiro, foram registrados 62. (Foto: Cetesb/Divulgação/Via Agência Brasil)
No período de 26 a 30 de janeiro, foram 278 casos suspeitos. Já entre 31 de janeiro e 4 de fevereiro, foram registrados 62. (Foto: Cetesb/Divulgação/Via Agência Brasil)
 
Com 338 casos suspeitos de intoxicação notificados pela Secretaria Estadual de Saúde, devido a presença de manchas no mar, fenômeno conhecido como Maré Vermelha; a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha de Pernambuco (Semas-PE) voltaram ao litoral sul do estado, nesta quarta-feira (7) para fiscalizar e identificar possíveis focos, que segundo eles, não foram encontrados. 

Os especialistas realizaram inspeção nos municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros e São José da Coroa Grande. 

Durante reunião entre representantes da Semas-PE, CPRH, Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Pernambuco (Apevisa/SES-PE) e da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca (SDAAPP-PE), foram divulgados pelo laboratório da CPRH os resultados das análises das amostras de água do mar coletadas em oito praias do litoral do estado, nos dias 31 de janeiro, 1, 2 e 6 de fevereiro. 

Os resultados não indicaram novas florações ou continuidade do fenômeno Maré Vermelha no período monitorado, nas oito localidades analisadas. 

Porém, foram confirmadas as ocorrências da Maré Vermelha, entre 26 e 30 de janeiro, com base na identificação das manchas de floração associadas aos relatos oficiais dos sintomas apresentados pela população.

Casos

Com relação ao número de casos suspeitos no evento em Tamandaré, a SES-PE vem acompanhando desde o dia 26 de janeiro até o presente momento. No total, 338 pacientes foram identificados pela SES-PE como casos suspeitos. No período de 26 a 30 de janeiro, foram 278 casos. Já entre 31 de janeiro e 4 de fevereiro, foram registrados 62 casos, indicando redução no número de ocorrências. Os demais municípios citados não notificaram oficialmente à Secretaria Estadual de Saúde. 

Embora as análises ambientais indiquem o fim dos eventos de floração já detectados, não fica descartada a possibilidade de novas ocorrências no litoral, tendo em vista a historicidade do fenômeno, conhecido popularmente como “Tingui”, em Pernambuco, pelo menos desde a década de 1940. 

Sintomas

Os banhistas que frequentam as praias e foram intoxicados relatam dores de cabeça, mal estar, dor no corpo, náusea, dor abdominal, vômitos, irritação ocular, de garganta, nasal e de pele com contato direto ou indireto com o mar.

Orientações

Não há neste momento orientação para evitar a ida à praia ou o banho de mar, salvo se a população identificar manchas associadas a fortes odores. 

Caso sejam identificadas essas situações no período de Carnaval, acionar o (81) 3184.0192 (prontidão Ciocs). Pós-carnaval, entrar em contato com a Ouvidoria da CPRH, através do (81) 3182.8923 ou ouvidoriaambiental@cprh.pe.gov.br.
 
Confira na íntegra a nota do Governo de Tamandaré.
  
''O Governo de Tamandaré através da Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria de Saúde, informa que a maré vermelha veiculada, conhecida como 'Tingui' nos canais de imprensa, não ocorre apenas nesta praia, e sim em todo o litoral brasileiro, é um fenômeno cíclico natural agravado pelo aumento da temperatura das águas e disponibilidade de nutrientes no oceano. Não há indícios e diagnósticos precisos se os pacientes com sintomas semelhantes com dengue ou qualquer outra virose possam ter sido contato com 'tingui'. O fenômeno é passageiro e finda com a mudança de marés que ocorre no máximo em três a quatro dias, cujo pico se deu em 30 de janeiro. Informamos ainda que, nenhum dos casos foram confirmados, e inclusive devem ser tratados também como hipóteses de outras fontes virais corriqueiras. Ainda assim o Governo de Tamandaré informa que não há nenhuma restrição de acesso às praias ou banho de mar, pois não há nenhuma relação das viroses com o período de floração das algas que inclusive já finalizou. Nossas praias estão abertas e lindas para receber a todos e todas''.  
 
 

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