GUERRA
Rússia diz que Kiev e o Ocidente não querem acordo político
Recentemente, o presidente ucraniano assinou um decreto formal que confirma "a impossibilidade de realizar negociações com o líder da Rússia"
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 01/12/2023 15:02
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Moscou não vê motivos para rever os objetivos da sua campanha militar na Ucrânia (Foto: Pixabay) |
Nesta sexta-feira (1), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, assegurou que o Kremlin não reconhece sinais de Kiev ou do Ocidente de que exista vontade de uma solução política para a guerra na Ucrânia.
"Até agora não vimos qualquer sinal de Kiev ou dos seus representantes de que estão prontos para um acordo político", disse o chanceler russo, na Macedônia do Norte, onde participou na reunião dos ministros Relações Exteriores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Recentemente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou um decreto formal que confirma "a impossibilidade de realizar negociações com o líder da Rússia, Vladimir Putin" e vincula todos os cidadãos nacionais.
“Por sua vez, se ouvirmos os dirigentes da OTAN e da União Europeia, eles dizem apenas uma coisa: temos o dever de apoiar a Ucrânia, porque se a Ucrânia for derrotada, será a derrota de todo o Ocidente. Para iniciar um processo político são necessários dois, como no tango, mas os tipos do outro lado não dançam tango, dançam breakdance", acrescentou Lavrov.
Diante disso, segundo o ministro das Relações Exteriores russo, Moscou não vê motivos para rever os objetivos da sua campanha militar na Ucrânia.
Guerra causa milhares de deslocados
Enquanto isso, o novo diretor para a Europa do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), Philippe Leclerc, anunciou que o conflito na Ucrânia continua a provocar milhares de movimentos de refugiados e pessoas deslocadas, chegando a cerca de 900 mil, em que se incluem as que tentam regressar às suas casas como as que as abandonam devido às hostilidades e ataques.
O ACNUR mantém programas de ajuda a estes refugiados e deslocados, além de assistência financeira para se prepararem para o início do inverno, acrescentou.