Crime na internet

MPF denuncia internauta de Pernambuco por difamação e incitação ao crime contra deputada federal

Segundo a denúncia, o homem teve como alvo a parlamentar Talíria Petrone (Psol/RJ)

Publicado em: 24/11/2023 09:06

Deputada do Psol do Rio de Janeiro foi alvo de internauta pernambucano  (Foto?: Reprodução/Câmara dos Deputados)
Deputada do Psol do Rio de Janeiro foi alvo de internauta pernambucano (Foto?: Reprodução/Câmara dos Deputados)
Um pernambucano foi denunciado à Justiça pelo MInistério Público Federal (MPF-PE) por  usar a internet para  difamar e incitar o crime contra a deputada federal Talíria Petrone (Psol/RJ). 
 
Essa denúncia foi protocolada na terça (21) e divulgada no site do MPF-PE. O nome do internauta não foi divulgado. 
 
O caso será julgado pela Subseção Judiciária de Caruaru, no Agreste pernambucano. 
 
De acordo com a denúncia, o internauta pernambucanop  usou sua conta na rede social X (antigo Twitter) para ofender a reputação da parlamentar e incitar publicamente a prática de crime.
 
O MPF-PE diz que o homem postou na conta frases, afirmando que "gostaria que a deputada fosse vítima de um homicídio". 
 
Além da condenação pelos crimes cometidos, o MPF pede que o internauta pague à deputada R$ 10 mil a título de reparação mínima por danos morais.
 
Ainda segundo a denúncia, o homem  praticou os crimes enquanto acompanhava, por meio de sua rede social, os trabalhos desenvolvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga eventuais ilícitos praticados por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). 
 
No dia 9 de agosto, ao tomar conhecimento de uma manifestação da deputada federal Talíria Petrone, por meio de um post de outro internauta, reagiu à publicação.
 
O Ministério Público Federal diz que ele  ofendeu a honra da parlamentar com um xingamento e afirmando que gostaria que o fim dela fosse “parecido com o de sua colega de partido, a Marielle Franco”.
 
Avaliação
 
Na avaliação do procurador da República Rodolfo Lopes, é fato notório que Marielle Franco, também filiada ao Psol pelo estado do Rio de Janeiro e vereadora, foi assassinada em 2018 em razão de sua atuação como parlamentar. 
 
“Sabendo da trágica morte de Marielle Franco, insinuou publicamente que gostaria que a deputada federal Talíria fosse vítima de um crime semelhante, com o nítido intuito de constranger, mediante violência psicológica, o desempenho do seu mandato parlamentar e pelo motivo fútil consistente em uma discordância acerca de um posicionamento pontual da parlamentar”, enfatizou.
 
Segundo a denúncia, a materialidade e a autoria dos crimes foram comprovadas por relatórios técnicos e declarações prestadas pelo próprio acusado. 

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