CÁUCASO

Azerbaijão acusa a França de incitar novas guerras ao fornecer armas aos armênios

O presidente do Azerbaijão acusou o governo francês de fomentar novas guerras na região do Cáucaso ao fornecer armamento à Armênia

Publicado em: 23/11/2023 13:20

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O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, acusou o governo francês de fomentar novas guerras na região do Cáucaso ao fornecer armamento à Armênia. ''A França desestabiliza não só as suas antigas e atuais colônias, mas também a nossa região, o Cáucaso do Sul, ao apoiar tendências separatistas. Ao armar a Armênia, está implementando uma política militarista, encoraja as forças revanchistas armênias e prepara o terreno para o início de novas guerras em nossa região'', disse Aliyev.

As tensões entre o governo azeri e a Armênia continuam elevadas após em setembro as forças azeris terem lançado uma ofensiva contra a então autoproclamada República de Artsakh, mais conhecida como Nagorno-Karabakh, que obrigou à fuga dos 120 mil armênios que viviam na região.

Os dois países já travaram duas guerras por este território, uma entre 1988 e 1994 e outra durante seis semanas no ano de 2020.

Após a operação, na qual Baku tomou o controle da região, e devido aos receios da comunidade internacional, Paris assinou um acordo com o governo de Erevan para fornecer armamento e equipamento de defesa, incluindo sistemas de defesa aérea, radares e carros blindados. ''Mantemos a nossa relação de defesa com a Armênia, apesar de não fazermos parte das mesmas alianças militares e políticas. Baseia-se no simples princípio de que é preciso ser capaz de nos defendermos'', declarou na ocasião o ministro da Defesa francês, Sebastien Lecornu. 

As relações entre França e Azerbaijão estão passando pelo momento de maior tensão e não só por causa do fornecimento de armas aos armênios, mas também porque o Serviço para a Vigilância e Proteção Contra a Interferência Digital Estrangeira da França, revelou uma campanha de desinformação com origem no Azerbaijão destinada a prejudicar a reputação francesa e a apelar ao boicote dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris.

Além da França, a Armênia ainda assinou acordos com a Índia para a compra de sistemas anti drone e de unidades do sistema de lançamento de foguetes múltiplos.  

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