UNIAO EUROPEIA

Turquia pede avanços em sua candidatura a UE

No final de agosto, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garantiu que a UE deve estar pronta para integrar novos membros até 2030

Publicado em: 07/09/2023 17:35

País se tornou candidato à adesão à UE em 1999 e iniciou as negociações da entrada em 2005 (Foto: Kadir DEMIR, Mumen KHATIB/AFPTV/AFP
)
País se tornou candidato à adesão à UE em 1999 e iniciou as negociações da entrada em 2005 (Foto: Kadir DEMIR, Mumen KHATIB/AFPTV/AFP )
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, reiterou a determinação do país em aderir à União Europeia (UE) e instou o bloco a tomar medidas para fazer avançar a candidatura de Ancara.

"A União Europeia não pode ser um verdadeiro ator global sem a Turquia. É vital que o caminho para a adesão da Turquia à UE seja aberto e que a perspectiva de adesão seja revitalizada. A nossa expectativa é que demonstrem a determinação necessária para fazer avançar as nossas relações e que sejam capazes de agir com mais coragem”, declarou Fidan.
 
O chanceler se reuniu em Ancara com o responsável pela expansão da UE, Oliver Varhelyi, quando a Turquia tenta restabelecer as suas relações com o bloco europeu. Os esforços de se reaproximar da UE também surgem num momento em que a economia turca atravessa grandes dificuldades, com uma inflação elevada e uma boa parcela do povo com problemas em adquirir bens de primeira necessidade.

Já Varhelyi apelou à Turquia para que faça reformas democráticas. "As negociações de adesão estão num impasse. E para que estas sejam retomadas, há critérios muito claros definidos pelo Conselho Europeu que têm de ser respeitados. Estes critérios estão relacionados com a democracia e o Estado de direito. Um roteiro credível que faça avançar estas reformas poderia certamente desencadear um novo debate entre os líderes da UE, que são os únicos a alterar o atual status quo", afirmou Varhelyi.

A Turquia se tornou candidata à adesão à UE em 1999 e iniciou as negociações da entrada em 2005. Mas, as relações se dificultaram em 2018 com alegações de retrocesso democrático no país sob o mandato do presidente, Recep Tayyip Erdogan, assim como às tensões com Chipre, membro da UE. Além disso, muitos dos Estados da UE demonstram reservas com a perspectiva de admitir o país no grupo devido a sua população predominantemente muçulmana.

No final de agosto, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garantiu que a UE deve estar pronta para integrar novos membros até 2030. A ampliação do bloco deve estar no debate das discussões nas suas próximas cúpulas da UE, que também irá decidir se começa ou não negociações de adesão com a Ucrânia.

COMENTÁRIOS

Os comentários a seguir não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.