Manifestantes reivindicam novo prazo para programa habitacional

Em contestação ao prazo de inclusão das propostas do programa Minha Casa Minha Vida, manifestantes e integrantes de movimentos sociais realizaram protesto, na manhã de ontem, em frente à Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP/UPE), na Madalena, Centro do Recife. No local, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, realizou uma apresentação sobre o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

 

O ato foi convocado pelo Movimento Nacional de Luta Pela Moradia (MNLM) e pela Organização e Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco (OLMP). Eles solicitam um prazo maior de 15 dias para a entrega de um planejamento para construção de conjunto habitacional do programa em Olinda e Arcoverde.

 

Incialmente, as duas cidades ficaram de fora da inclusão de projetos por causa de problemas técnicos no sistema eletrônico da Caixa, que recebe as apresentações de propostas. "O sistema apresentou instabilidades durante todo o processo, com reclamações diárias, dando conta de instabilidade, não carregamento das informações e duplicação de propostas", disse a direção do MNLM.

 

Os grupos de manifestantes por moradia querem abrir um diálogo com o governo federal para que haja uma data mais viável para entrega dos projetos destes conjuntos habitacionais, além de tentar convencer a Casa Civil da Presidência da República que, com um novo prazo, haverá um melhor aproveitamento dos recursos públicos.

 

No fim da tarde, conseguiram ser recebidos por representantes da Casa Civil e tiveram um rápido encontro com o ministro, com o compromisso de prorrogar, por mais 15 dias, as inscrições de projetos do Minha Casa, Minha Vida - Entidades. "Atualmente, vivo em risco, em uma barreira. A gente veio lutar por um terreno para fazer moradia, e que não seja parado por conta de um prazo curto", disse Neide Oliveira, 52 anos, moradora de Sapucaia, em Olinda.

PAC 

O ministro Rui Costa, que esteve presente no Recife, apresentou os investimentos do novo PAC: R$ 92 milhões destinados à infraestrutura e mobilidade do estado, com recursos públicos e privados.

 

O ministro informou ainda que há outros projetos para serem implementados como saúde, educação, transporte e moradia. Este ano, segundo o ministro, mais de seis mil unidades do Minha Casa MInha Vida serão para a baixa renda.