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Grande Recife registra inflação de 0,36% e fica acima da média nacional

Publicado em: 12/09/2023 11:29

Número local ficou acima da média nacional (Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Número local ficou acima da média nacional (Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
O Grande Recife registrou inflação de 0,36% em agosto, a sexta maior entre as 16 capitais e regiões metropolitanas onde é medido o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O dado ficou acima da média nacional (0,23%) pelo quarto mês consecutivo. Os números foram divulgados pelo IBGE, nesta terça-feira (12).

De janeiro a agosto, a Região Metropolitana do Recife (RMR) teve o sétimo menor percentual do país, com inflação de 3,31%, ligeiramente superior à do Brasil (3,23%). A variação acumulada dos últimos 12 meses (setembro de 2022 a agosto deste ano) foi a quarta maior do país, de 5,16%, empatada com Aracaju. A inflação brasileira do período foi de 4,61%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA em agosto, cinco tiveram inflação e quatro apresentaram deflação no Grande Recife. O maior índice foi registrado na categoria Transportes (1,18%), pressionada pelo aumento do preço dos combustíveis, especialmente do óleo diesel, segundo o IBGE. 

Na sequência, estão Saúde e cuidados pessoais (1,15%), Despesas pessoais (0,76%), Habitação (0,72%) e Artigos de residência (0,38%). As atividades com deflação foram Comunicação (-0,01%), Educação (-0,01%), ambas próximas à estabilidade, além de Vestuário (-0,18%) e Alimentação e bebidas (-0,82%). "As quedas mais expressivas dentro desse último grupo foram de 5,17% no subgrupo de tubérculos, raízes e legumes, seguidos pela retração de 3,57% no preço das hortaliças e verduras e pela redução de 3,31% no preço das aves e ovos”, apontou a economista e gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita.

Os cinco itens calculados pelo IPCA que apresentaram maior aumento de preço foram o óleo diesel (12,68%), laranja-pera (4,77%), banana-da-terra (4,36%), energia elétrica residencial (3,98%) e serviços de manicure (3,66%). Por outro lado, os cinco produtos com maior queda são todos de alimentos e bebidas: alface (-11,62%), melão (-8,83%), ovo de galinha (-8,67%), batata-inglesa (-7,41%) e cenoura (-7,23%).

"Ao longo do ano, o grupo de alimentação, o de maior influência no cálculo do índice e no orçamento das famílias, acumulou alta de 0,46%, mas também registrou quedas expressivas no preço de mercadorias importantes, como nos óleos e gorduras (-11,30%) e nas carnes (-9,57%)”, completou a economista.

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