Comércio
Faturamento do Brasil com exportação de soja quase triplica em 10 anos
Vendas do país para o exterior passaram de US$ 17,4 bilhões, em 2012, para US$ 46,6 bilhões, em 2022
Publicado em: 12/09/2023 15:20 | Atualizado em: 12/09/2023 20:01
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Foto: CNA/Divulgação |
Com um salto no crescimento de 20% na exportação de soja somente de 2021 para 2022, esse setor demonstra uma relevância crescente para a balança comercial do Brasil. Em 2012, a soja representava apenas 7,3% das importações totais do país, enquanto em 2022, ela já corresponde a 14% das exportações nacionais, praticamente o dobro do que representava há dez anos.
Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, pontua que o agronegócio brasileiro sempre foi um dos motores de crescimento do comércio exterior nacional, mas que “a demanda mundial por alimentos, especialmente pela soja, largamente utilizada na ração de bovinos e suínos, tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, o que ajuda a explicar o crescimento da venda desse produto”.
“Para atender a essa demanda crescente, produtores nacionais destinaram grandes investimentos à ampliação da produção de soja ao longo dos últimos anos, atentos, principalmente, ao mercado chinês, principal destino das exportações”, prossegue.
Participação
O principal destino das exportações brasileiras de soja ainda é a China, que, em 2022, respondeu por quase 72% das compras. No total, o país importou US$ 31,8 bilhões em 2022, sendo seguido por Espanha (US$ 1,9 bilhão), Tailândia (US$ 1,7 bilhão), Irã (US$ 1,4 bilhão) e Holanda (US$ 1,1 bilhão), que completam o top 5.
Apesar da relevância e crescimento deste segmento da indústria, pondera Baltieri, o Brasil precisa diversificar a pauta de exportação nacional. “Embora o crescimento nas exportações de soja seja um fator positivo, é fundamental que o Brasil busque a diversificação de seus produtos no mercado internacional. Temos potencial para avançar para além da venda de commodities, como na indústria da transformação”, afirma.
“Com investimentos em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, podemos agregar valor aos nossos produtos e conquistar mercados mais lucrativos, além de conseguir maiores valores por nossos produtos. Isso trará benefícios para a economia brasileira, gerando empregos qualificados e impulsionando o crescimento sustentável. É fundamental buscar uma posição sólida e equilibrada em nossas exportações que comporte todos os setores adequadamente”, prossegue.