ALERTA
Coreia do Norte diz estar à beira de uma guerra nuclear
Segundo Kim Song, a situação atual é perigosa e obra dos EUA, que procuram aperfeiçoar a sua ambição hegemônica através de todos os meios
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 26/09/2023 15:20 | Atualizado em: 26/09/2023 15:58
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Declaração foi dada por Kim Song durante discurso na Assembleia-Geral da ONU (Foto: Flickr/Reprodução) |
O representante da Coreia do Norte na ONU, Kim Song, alertou hoje que a península coreana está à beira de uma guerra nuclear. “As ações imprudentes e a histeria contínua dos Estados Unidos e dos seus aliados em termos de confronto nuclear estão conduzindo a península coreana para uma situação militar à beira da guerra nuclear", afirmou o embaixador de Pyongyang nas Nações Unidas, em discurso na Assembleia-Geral da ONU, no qual atacou e criticou a política de Washington no nordeste asiático.
Song ainda acrescentou que a situação atual é perigosa e é obra dos EUA, que procuram aperfeiçoar a sua ambição hegemônica através de todos os meios, superestimando o seu poder.
Na reunião plenária para promover o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, o secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu para um possível aumento dos arsenais nucleares, numa nova e preocupante corrida armamentista não registrada há décadas.
Guterres reiterou também que a verdade fundamental de que a única maneira real de impedir o uso de armas nucleares é eliminá-las. "Qualquer utilização de uma arma nuclear, a qualquer hora, em qualquer lugar e em qualquer contexto, desencadearia uma catástrofe humanitária de proporções épicas. Isto não é uma hipérbole. Esta é a mensagem intemporal dos sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki", disse, referindo-se às cidades japonesas que em 1945 foram alvo de duas bombas atômicas norte-americanas.
Em 2022, o secretário-geral das Nações Unidas já havia manifestado sua preocupação com o fracasso da conferência de revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que terminou sem acordo, apontando que a falta de consenso ameaça a segurança coletiva e que o atual contexto internacional do risco crescente do uso de armas nucleares por acidente ou erro de cálculo exige uma ação urgente e decisiva.