Mauro Cid

Alexandre de Moraes homologa delação premiada e determina soltura de Mauro Cid

Mauro Cid está preso desde maio no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília

Publicado em: 09/09/2023 12:11

Segundo a investigação da Polícia Federal, Mauro Cid teria atuado para fraudar certificados de votação para si próprio e para seus familiares antes de uma viagem aos Estados Unidos (Foto: Ed Alves)
Segundo a investigação da Polícia Federal, Mauro Cid teria atuado para fraudar certificados de votação para si próprio e para seus familiares antes de uma viagem aos Estados Unidos (Foto: Ed Alves)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou neste sábado (9) o acordo de delação premiada firmado entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e a Polícia Federal. 

O militar está preso desde maio e é alvo de investigações relacionadas a suspeitas de fraude em cartões de vacinação, venda irregular de presentes dados ao governo brasileiro e também em tramas para um possível golpe de estado no país. A investigação mais avançada é a que trata da venda de presentes recebidos por Bolsonaro durante sua passagem pela Presidência.

Mauro Cid será solto, mas será obrigado a usar tornozeleira eletrônica, não poderá sair de casa à noite nem nos finais de semana e ficará afastado das funções do Exército.

O militar está preso há 128 dias no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília. A homologação é considerada uma das fases mais importantes das tratativas de colaboração premiada, uma vez que confirma a validade dos termos apresentados pelo colaborador, assim como a sua intenção de colaborar "de livre e espontânea vontade". 

Agora, o ex-braço direito de Bolsonaro deverá entregar aos investigadores elementos que ajudem a comprovar sua delação.

Mauro Cid e o seu advogado, Cézar Bittencourt, estiveram quarta-feira na sede do STF para entregar um termo de intenção no qual o militar se dispõe a firmar o acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

Investigadores identificaram que Mauro Cid, com participação do seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, vendeu dois relógios recebidos por Bolsonaro de outros chefes de estado, além de joias e outros itens de luxo.
 
Cid está preso desde maio, entretanto, em razão de outro inquérito, que apura uma suposta fraude em cartão de vacina. 

Segundo a investigação da Polícia Federal, Mauro Cid teria atuado para fraudar certificados de votação para si próprio e para seus familiares antes de uma viagem aos Estados Unidos. Os dados do ex-presidente Jair Bolsonaro, assim como o de sua filha, Laura Bolsonaro, também teriam sido fraudados por orientação do então ajudante de ordens.

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