REFORMA

Reforma tributária precisa também de reforma administrativa, diz Kassab

Publicado em: 06/02/2023 13:16

Para o presidente nacional do PSD, é preciso saber o "custo Brasil" para a reforma tributária, o que só vai ocorrer com mudanças na máquina pública (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Para o presidente nacional do PSD, é preciso saber o "custo Brasil" para a reforma tributária, o que só vai ocorrer com mudanças na máquina pública (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, declarou que é preciso discutir uma reforma administrativa além da reforma tributária, que será prioridade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Congresso Nacional neste ano. Kassab também avaliou que é um erro do governo dar prazo para a aprovação da medida, o que pode gerar repercussão negativa caso a expectativa não se cumpra.

"Eu entendo que você não pode discutir a reforma tributária sem estar discutindo a reforma administrativa. Como é que você vai ter uma reforma tributária, prevendo um determinado volume de recursos para serem arrecadados, se você não sabe qual é o custo Brasil? E [saber] o custo Brasil, só com a reforma administrativa", disse Kassab ontem (5/2) em entrevista à TV Band. "Reforma administrativa não é diminuir salário. É eliminar cargo, melhorar a eficiência, até também aumentar salário", acrescentou.

Segundo o presidente do PSD, atualmente o brasileiro não tem o mesmo incentivo — ou prestígio — para entrar para o serviço público. Em sua avaliação, ao cortar cargos e aumentar a eficiência, é possível pagar salários maiores para certas profissões, como professores, e incentivar que mais pessoas ocupem esses cargos. Porém, a medida é espinhosa, e não há indicação de que o atual governo proponha a reforma administrativa. 

Questionado sobre o prazo dado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aprovação da reforma tributária, Kassab disse que "é um grande erro do ministro dar prazo". Inicialmente, o ministro disse esperar a aprovação da reforma até abril. Membros do governo e do Congresso, porém, já avaliam que a aprovação deve ocorrer até o meio do ano, ou mesmo no final.

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