GUARDA COSTEIRA

Navio dos EUA está em Suape em parceria contra a pesca ilegal

Publicado em: 01/02/2023 13:43 | Atualizado em: 02/02/2023 00:28

Navio veio ao Brasil em missão para combate à pesca ilegal (RAFAEL VIEIRA/DP FOTO)
Navio veio ao Brasil em missão para combate à pesca ilegal (RAFAEL VIEIRA/DP FOTO)
Um dos navios oficiais da Guarda Costeira dos Estados Unidos  está atracado no Porto de Suape, onde realiza uma parada técnica por questões logísticas, como reabastecimento, descanso dos tripulantes e, também, ampliar a interação com parceiros de instituições brasileiras. Trata-se do USCGC Stone, que faz a primeira parada para a implantação da multimissão programada no Atlântico Sul. O objetivo é combater atividades marítimas ilícitas e fortalecer as relações de soberania marítima na região. A visita também destaca a parceria entre os EUA e o Brasil para combater a pesca ilegal.
 
O navio deixou os Estados Unidos em 17 de janeiro, fez uma breve parada em Barbados, no Caribe, para reabastecer e, no último dia 30, atracou pela segunda vez em Suape. O Stone foi enviado pela última vez ao Atlântico Sul em dezembro de 2020, ficando na área até  fevereiro de 2021, em apoio à Operação Cruzeiro do Sul. Nesse período, os dois países assinaram o memorando de entendimento para compartilhar informações da Guarda Costeira dos EUA e a Marinha do Brasil, sobretudo sobre pesca ilegal. Na época, passou pelos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco.
 
A operação foi explicada pelo capitão da guarda costeira dos  EUA e comandante do navio Stone, Clinton Carlson. "Nossa operação aqui hoje é a de reportar tudo que vemos para as autoridades locais. Não temos autorização para parar uma operação de pesca ilegal, por exemplo. O que podemos, se tivermos evidências, é interceptar as embarcações que estejam realizando transporte ilegal de pessoas, tráfico de drogas e a captura de atum, que são preservados por lei internacional. Mas, se identificarmos barcos de pesca com radar desligado, licença vencida, nós temos de reportar à Marinha do Brasil para as devidas providências."
 
Em relação à ampliação das parcerias entre os dois países, o Capitão dos Portos do Recife, Frederico Albuquerque, explicou que "até 200 milhas, eles são cooperativos conosco, pois essa distância é de nossa responsabilidade", disse. "Estamos com dois oficiais da Marinha embarcados para realizar exercícios com eles. Vão aprender mais como essa troca de informações é feita. E na hora que eles passam as informações para nós, atuamos com os nossos navios. Em casos excepcionais, eles podem ser autorizados a realizar uma apreensão", completou.

APROFUNDAR
"A repetição da Operação Cruzeiro do Sul busca aprofundar a parceria internacional entre agências", contou Carlson. "Embarcamos mais equipes da Marinha dos EUA e do Corpo de Fuzileiros Navais, além de representantes da Marinha do Brasil, para aprimorar nossas capacidades. Ao alavancar nossas conexões em casa e no exterior, fornecemos uma equipe flexível, móvel e integrada, capaz de fazer cumprir as leis internacionais, garantir a segurança regional e proteger o acesso livre e aberto ao mar para todas as nações que cumprem as leis."
 
Os Estados Unidos e o Brasil têm relações ativas e cooperativas que abrangem uma ampla gama de interesses políticos. Dez acordos bilaterais, assinados em março de 2011, e mais cinco, em abril de 2012, codificaram o compromisso compartilhado das nações com a segurança marítima e ambiental no Oceano Atlântico. Ambos os países participam da Comissão Internacional para a Conservação dos Atuns do Atlântico.
 
O USCGC Stone é o nono navio de uma classe lendária, que atua na segurança nacional como parte da frota da Guarda Costeira. Atualmente fica no porto de Charleston, na Carolina do Sul.

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