Ibovespa abre em baixa, com ata do Copom e juros nos EUA no radar

O Ibovespa opera em desvalorização nesta terça-feira (7/2). O índice caiu 0,21%, indo aos 108.497,36 pontos às 10h16. Apesar da alta de mais de 2% do petróleo, a falta de fôlego dos futuros de Nova York pode limitar uma melhora do Ibovespa no decorrer do dia, pelo menos até o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, às 23h (horário de Brasília).

O mercado fica de olho nas repercussões da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No cenário doméstico, investidores ainda estão atentos às falas do presidente Lula sobre o Banco Central do Brasil. Às 10h36, o índice recuava 0,32%, caindo aos 108.373 pontos.

Na manhã desta terça, o Copom divulgou a ata de sua última reunião, sinalizando cautela com o percurso inflacionário no Brasil. Juros mais altos no Brasil aumentam a rentabilidade dos títulos de renda fixa nacionais, o que atrai capital estrangeiro para o país e valoriza o real em detrimento do dólar e moedas de outras divisas. No entanto, a migração para a renda fixa pesa contra o mercado de ações brasileiro.

Ontem, o presidente Lula se posicionou contra as últimas decisões do Banco Central e disse "que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira".

 

O dólar também recuava frente ao real hoje (7/2), com investidores ajustando posições após salto recente da moeda e digerindo o tom duro da ata da última reunião de política monetária do Banco Central. Às 9h07 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,42%, a R$ 5,1530 na venda.

Ontem, última segunda-feira (6/2), a moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,57%, a R$ 5,1749 na venda, nível de encerramento mais alto desde 23 de janeiro (R$ 5,1993).

O Banco Central fará neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de março de 2023.