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Em Kiev, a líder da Comissão Europeia anuncia criação de centro para investigar agressões russas

Publicado em: 02/02/2023 13:46

 (Crédito: Reprodução/Twitter vonderleyen)
Crédito: Reprodução/Twitter vonderleyen
Nesta quinta-feira (2), chegou a Kiev a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, juntamente com Josep Borrell, alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança,  acompanhados de uma delegação de 15 comissários europeus para reuniões bilaterais com o  governo ucraniano. 

Na capital da Ucrânia, Leyen anunciou oficialmente que será criado um centro, em Haia, nos Países Baixos, para investigar eventuais crimes de agressão russos na Ucrânia. "A Rússia tem de ser responsabilizada nos tribunais pelos seus crimes odiosos. Tenho o prazer de anunciar hoje a criação de um centro para investigar o crime de agressão que vai ser instalado em Haia. Vamos poder lançá-lo rapidamente. Os procuradores da Ucrânia e da União Europeia estão trabalhando em conjunto e recolhendo provas que atestem os crimes cometidos pela Rússia desde o início da invasão”, declarou a líder da CE.

De acordo com a presidente Comissão Europeia, o centro terá a coordenação da Agência da União Europeia para a Cooperação em Justiça Criminal (Eurojust). “O centro vai obrigar Putin a pagar pela sua guerra atroz. Moscou também tem de pagar a destruição que provocou e vai contribuir para a reconstrução da Ucrânia", afirmou. Leyen ainda acrescentou que a União Europeia está trabalhando com seus parceiros para encontrar uma maneira de utilizar os bens públicos da Rússia para a reconstrução do território ucraniano após a guerra.

Moscou critica ida da delegação a Ucrânia
O chanceler russo, Serguei Lavrov, acusou o Ocidente de estar apoiando a Ucrânia para pôr fim ao que classificou como "questão russa", criticando diretamente a visita da presidente da Comissão Europeia a Kiev.  “Ursula von der Leyen declarou que o resultado da guerra deve ser a derrota russa, e uma derrota de tal forma que não volte a levantar-se durante décadas", disse o ministro da Relações Exteriores.

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