Pernambuco.com
Pernambuco.com
Notícia de Turismo
Turismo Porto Seguro é destino para as férias o ano inteiro Município baiano tem atrações variadas que vão muito além de sol e mar

Publicado em: 02/11/2016 18:48 Atualizado em: 02/11/2016 19:15

Por do sol visto do Rio Buranhém, que separa Porto Seguro de Arraial D'Ajuda. Foto: Edilson Segundo/DP
Por do sol visto do Rio Buranhém, que separa Porto Seguro de Arraial D'Ajuda. Foto: Edilson Segundo/DP

Uma semana é pouco para conhecer as belezas de um dos principais destinos turísticos da Bahia. Porto Seguro, localizado no Sul do estado, atrai turistas do Brasil e do mundo. Famoso pelas praias de águas verde-esmeralda e mornas, Porto, como é carinhosamente chamado pelos moradores, tem muitas outras atrações que vão além de sol e mar.

O município tem 85 km de costa e muitas, muitas praias. Entre Mutá e Caraíva, uma dezena delas. Quase todas vizinhas uma das outras que dá para conhecer em uma única viagem. Apaga Fofo, Mucugê, Pitinga e Espelho são algumas delas. cada uma com sua particularidade. Tranquila ou mais movimentada, com ou sem arrecifes. Fica a gosto do cliente, ou melhor, do turista.

Baleias jubarte
Turistas observam baleias jubarte em seu habitat natural. Foto: Thais Melo/Divulgação
Turistas observam baleias jubarte em seu habitat natural. Foto: Thais Melo/Divulgação
Um dos passeios mais tradicionais é o encontro com as baleias jubarte em seu ambiente natural, em alto mar. É bom reservar uma manhã para fazer a visita a esses mamíferos gigantes. São quatro horas de passeio entre partida e chegada. Os turistas viajam em um barco com capacidade para 50 pessoas. Durante o percurso, todos ficam sabendo como esses animais vivem, se alimentam e se reproduzem através de uma conversa com uma bióloga a bordo. Dependendo da agitação do mar, alguns passageiros podem enjoar. Por isso, antes da embarcação partir é oferecido remédio para quem se sentir mal. O passeio custa R$ 200 por pessoa e criança até dez anos paga R$ 150. Caso não seja localizado nenhuma baleia, a empresa responsável devolve 50% do valor pago. "É raro, mas pode acontecer", disse a bióloga marinha Thais de Melo.

Dia de índio
Do alto mar para terra firme. A Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira revela como vivem os índios daquela aldeia. A visita mostra in loco tudo aquilo que aprendemos na escola. A oca, a caça, os rituais, as plantas medicinais e a tradição religiosa. Fundada em 1997, a reserva com 827 hectares de área e 96 habitantes, recebe turistas de várias partes do mundo. Por turno, cerca de 70 visitantes passam por experiências únicas.

Público participa de ritual indígena na Aldeia Pataxó da Jaqueira. Foto: Edilson Segundo/DP
Público participa de ritual indígena na Aldeia Pataxó da Jaqueira. Foto: Edilson Segundo/DP
A recepção é feita debaixo de uma grande palhoça onde todos passam por uma purificação com ervas (sálvia, amburana, alecrim e amescla). Em seguida, os visitantes são convidados a fazer um passeio por uma trilha no meio do mato. No percurso, o guia turístico Sayry ensina como são feitas as armadilhas para caçar animais de pequeno e grande porte. Além disso, o turista pode conversar com o Pajé, que fala sobre as plantas medicinais e o tratamento de doenças.

Para receber os turistas e falar em público, Sayry, 29 anos, passou por treinamento e teve aulas com professores de história e biólogos. "É um enriquecimento essa troca de experiências que ajudam nas palestras", contou o índio que trabalha com guia há dois anos.  

O turismo na aldeia trouxe benefícios para a comunidade. "Através da visita dos turistas, a gente conseguiu construir uma escola com a ajuda da prefeitura. Hoje podemos alfabetizar a comunidade do fundamental a quinta serie. Nossa escola é bilíngue: português e patiuã", explicou a cacique Nitynawã, nome indígena que significa "muitas frutas". Ela e suas outras duas irmãs foram as fundadoras da aldeia. A taxa para a visita custa R$ 40 por pessoa. A reserva fica aberta de segunda a sábado.

Pedalando
Para quem curte lazer e está preocupado com a saúde, pode conhecer Porto Seguro de bicicleta. É uma maneira de fazer turismo e ficar em forma ao mesmo tempo. A Bahia Active, empresa responsável por esse tipo de passeio há três anos, oferece itinerários de 4, 6 e 8 horas de duração. O percurso pode ser pela cidade histórica ou pela praia, apreciando a beleza do mar. De acordo com a criadora do projeto, Renata Tardin, o mais procurado é o passeio que sai de Arraial D'Ajuda com destino a Trancoso. "Como o percurso é mais longo, o retorno é feito de carro", explica. Renata ainda garante mimos para aqueles atletas de primeira viagem ou não. "A gente oferece água, isotônico, barra de cereal, frutas para ninguém ficar com fome. E ainda fazemos um alongamento antes e depois do passeio", declarou. Além disso, o ciclista recebe capacete e instruções de segurança. Os preços variam de R$ 155 a R$ 315.

Borboletário
Cerca de uma hora de viagem separa Porto Seguro de um lugar mágico. O borboletário Asas Mágicas, criado em maio de 2015, abriga 16 espécies de borboletas em 21 hectares de área. Considerado um dos maiores do Brasil e o primeiro da Bahia, o espaço tem trÊs grandes estufas onde o turista tem a possibilidade de ver os insetos em seu habitat natural.

De acordo com o proprietário, Félix Montás, foram investidos R$ 2 milhões para a construção da reserva. "Somos apaixonados pela natureza e resolvemos fazer um projeto sustentável aqui no Brasil", contou Montás, que nasceu na República Dominicana. A mulher dele, a bióloga Raphaelle Euller, explicou como teve a ideia de construir o borboletário."Moramos por três meses em um borboletário na Costa Rica e decidimos trazer para o Brasil".

A visita tem duração de 1h30. O guia leva o turista para dentro das estufas e mostra todas as espécies. Como elas vivem, o que comem, como se reproduzem. Tudo é explicado detalhadamente. Ainda é possível visitar o "berçário" das borboletas. Dá para ver as lagartas, o processo de metamorfose e a fase em que os insetos ficam no casulo. Para os corajosos, dá para fazer carinho nas lagartinhas. O guia a coloca em sua mão e dá até para fazer selfies com o bichinho.

O borboletário funciona de quarta a domingo. O ingresso custa R$ 40 (turista), R$ 25 (idosos e estudantes), R$ 20 (crianças); os pequenos de até 4 anos não pagam. Toda última quarta-feira de cada mês são distribuídos gratuitamente 40 ingressos.

Foto: Edilson Segundo/DP
Foto: Edilson Segundo/DP

Turismo
Poto Seguro é o terceiro maior parque hoteleiro do país com mais de 40 mil leitos em pousadas, hotéis e resorts. Perde apenas para São Paulo e Rio de janeiro. De acordo com o secretário de turismo do município, Paulo César Magalhães, os hotéis têm cerca de 60% de ocupação na baixa estação, chegando a 100% no verão. "O nosso movimento foi maior que os meses do ano passado. Tivemos um crescimento acima da média nacional", afirmou. Isso comprova que o turismo representa 90% da renda no município. Dados de 2015 revelam que estiveram na cidade 1 milhão e 350 mil turistas durante o ano, segundo a secretaria de turismo.

O Aeroporto de Porto Seguro registra uma média de 15 voos diários. Na alta estação chega a 109 voos, entre fretados e regulares. Da Argentina chegam dois voos vindos de Buenos Aires e Córdoba. "Estamos trabalhando para conseguir voos diretos do Paraguai e Uruguai", revelou Paulo César.

Consulado da RPCh no Recife tem nova cônsul-geral
Mergulho no Brasil é uma possibilidade para os turistas chineses
Cenas da China aparecem em meio ao barroco brasileiro e intrigam pesquisadores
Ao vivo no Marco Zero 09/02 - Carnaval do Recife 2024
Grupo Diario de Pernambuco