Projeto de ampliação do Cecon estava orçado em R$ 900 milhões. Alternativas estão sendo analisadas. Foto: Teresa Maia/DP/DA Press

O Centro de Convenções de Pernambuco, conhecido como Cecon, não será mais ampliado. O projeto, orçado em R$ 900 milhões, foi descartado. O motivo seria a nova situação econômica estadual. Agora, o governo, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, está em busca de parceiros privados para modernizar o equipamento e construir um segundo centro, provavelmente na Região Metropolitana do Recife. A expectativa é de que os projetos sejam tocados por meio de Parcerias Público-Privadas, as chamadas PPPs.

"Uma ampliação da forma como foi apresentada está descartada. O que haverá é uma modernização. Se viermos a ampliar, não será algo muito significativo. Já conversamos com o conselho de turismo do estado, que é composto pelo trade, e todos compreenderam. Estamos estudando uma forma de fazer uma requalificação no atual Cecon para modernizá-lo", afirmou o secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras.

O projeto inicial incluía a reforma do pavilhão de feiras, auditórios, Teatro Guararapes e salas multifuncionais. Na área de ampliação, haveria a construção de um segundo pavilhão com 22.500 m², edifício-garagem com 5 mil vagas, salas multifuncionais, auditório, praça de alimentação e administração. O segundo pavilhão seria construído na área ocupada pelo Mirabilândia Parque, cuja transferência deve ser realizada em janeiro de 2016.

"A área do parque servirá de estacionamento, que também é uma reivindicação do trade. Também estudamos a cessão de um pedaço dessa área para um projeto como o que será realizado na Fábrica Tacaruna, que abrigará um centro de tecnologia da Jeep", contou Carreras. Segundo o secretário, tudo será realizado com a iniciativa privada. "Já temos empresas interessadas tanto para a modernização quanto para a construção do novo equipamento. Estudamos, inclusive, a possibilidade de uma gestão conjunta".

Uma das principais queixas do trade turístico local é a perda de grandes eventos para outras capitais nordestinas, que contam com equipamentos mais modernos. Sobre essa insatisfação, Felipe Carreras disse ser complicado dobrar a capacidade do Cecon para realização de feiras e não ter condições de atender ao público. "Sabemos do problema de mobilidade que vivemos. Imagine duas feiras acontecendo de forma paralela. Não seria sadio para a cidade. Estamos vendo áreas, possivelmente na RMR, para abrigar o novo centro, para passarmos a ter dois equipamentos".

O valor a ser investido nos projetos e a melhor forma de parceria a ser assinada ainda estão sendo analisadas. A previsão é de que tanto o projeto de modernização quanto o de construção do novo centro sejam apresentados neste ano para início das obras nos primeiros meses de 2016.