Com a entrada na Star Alliance, os passageiros da Avianca vão ter acesso à rede com mais de 1,3 mil voos diários com atuação em 192 países. Foto: Luciana Morosini/DP/DA Press

A Avianca Brasil passa a integrar, a partir desta quarta-feira, a Star Alliance, considerada a maior aliança de companhias aéreas do mundo. Depois da saída da TAM, a Avianca Brasil se torna a única empresa nacional a ser membro da aliança. Porém, o CEO da Star Alliance, Mark Schwab, garantiu que há mercado para outra empresa brasileira se integrar ao grupo e a Azul já está sendo cotada.

Os passageiros que utilizavam os serviços da Avianca já tinham à disposição a possibilidade de voar para 23 destinos nacionais e um internacional. Com a entrada na Star Alliance, é possível se beneficiar das demais companhias aéreas parceiras, com acesso à rede mundial fornecida por 28 empresas, que fazem mais de 1,3 mil voos diários com atuação em 192 países.

"Hoje é o final do período de integração da Avianca na Star Alliance, que agora passa  a fazer parte da família de 430 mil funcionários da aviação", decretou Schwab. No total, são 13 companhias-membro da Star Alliance que agora servem o território nacional (ver lista abaixo) e a Avianca Brasil adiciona 15 novos destinos no país aos 12 já existentes.

A expectativa da Avianca é que, com a entrada na Star Alliance, a demanda cresça. Para atender ao crescimento, a empresa está trocando os aviões MK 28, que contam com 100 lugares, por Airbus A320, com 162 vagas. "Já trocamos cinco dos oito MK 28. A sexta troca deve acontecer nas próximas duas semanas. E a previsão é que o último voo do MK 28 deva acontecer na terceira semana de agosto. Desta forma, teremos aumento na oferta de 15% e conseguiremos atender a essa nova demanda que vai chegar", disse José Efromovich, presidente da Avianca Brasil.

Mercado

Mesmo diante de um cenário econômico conturbado, a Avianca espera que a entrada na Star Alliance amplie a demanda de passageiros. "Por enquanto não estamos trazendo nenhum avião adicional, mas a troca da frota para este ano já estava nos nossos planos, principalmente porque precisamos suprir a demanda que vai surgir. Também não temos nenhum plano de demissões. Pelo contrário, intensificamos o programa de treinamento e qualificação para melhor atender a esses novos passageiros que teremos", revelou o presidente da Avianca Brasil.

A Avianca tem mantido o crescimento no mercado nacional. Em 2010, a empresa tinha 2% de participação no mercado brasileiro, com 17 aeronaves atuando em 20 aeroportos. Em 2015, ela já tem 9% de participação até maio e deve fechar o ano com 41 aeronaves e atuação em 24 aeroportos. Só na rota Guarulhos-Recife, são 23% de participação.

A empresa conta hoje com três hubs no Brasil: em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília. Porém, por enquanto, não existe perspectiva de estrear um novo hub no Nordeste. "Estamos olhando as possibilidades, mas ainda não temos a necessidade urgente, ou seja, ainda não temos planos de ter um hub no Nordeste", ressaltou José Efromovich.

No entanto, é justamente do Nordeste que sai o único voo internacional da Avianca, de Fortaleza, no Ceará, para Bogotá, na Colômbia. E ainda não há previsão de inaugurar outros voos internacionais. "Até esperávamos voar mais para fora este ano, mas a economia, não só brasileira como mundial, não está favorecendo. Então devemos fechar este ano só com este voo internacional mesmo", decretou o presidente da Avianca Brasil.

Companhias-membro que servem o Brasil: Air Canada, Air China, Avianca, Avianca Brasil, Copa Airlines, Ethiopian Airlines, Lufthansa, Singapore Airlines, South African Airways, SWISS, TAP, Turkish Airlines e United.