Na era do vazamento de informações em grandes empresas, o backup tem um papel fundamental na segurança corporativa

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Por Paulo Vizaco, Country Manager da Kingston no Brasil

A crescente digitalização das operações empresariais trouxe inúmeros benefícios, mas também ampliou significativamente os desafios relacionados à segurança da informação. Vazamentos de dados têm se tornado um problema crítico em empresas de todos os portes, impactando não apenas sua reputação, mas também gerando prejuízos financeiros e riscos operacionais. Em um cenário onde os ataques cibernéticos estão cada vez mais sofisticados, a implementação de estratégias robustas de proteção, incluindo políticas eficazes de backup, é um pilar essencial para a resiliência corporativa.

Os números refletem a urgência desse tema. De acordo com a empresa de segurança cibernética Surfshark, apenas no terceiro trimestre de 2024, mais de cinco milhões de contas de usuários online foram expostas no Brasil, representando um aumento de 340% em relação ao trimestre anterior. No âmbito global, o custo médio de uma violação de dados atingiu US$ 4,45 milhões em 2023. Em fevereiro de 2024, esse valor subiu para US$ 4,88 milhões, evidenciando o impacto financeiro crescente da falta de proteção adequada.

Os danos de um vazamento vão muito além dos prejuízos financeiros. A exposição indevida de informações pode levar a fraudes, exposição de informações confidenciais e estratégicas e projetos futuros, roubo de identidade e comprometimento da confiança de clientes e parceiros de negócios. Empresas que não possuem mecanismos de proteção adequados podem sofrer, inclusive, sanções regulatórias, processos judiciais e, em muitos casos, perda de competitividade no mercado.

Diante desse cenário, investir em estratégias eficazes de backup se mostra um elemento central na governança de dados corporativos. Mais do que garantir a recuperação de informações perdidas, um backup bem estruturado atua como um componente essencial na política de segurança da informação corporativa, protegendo contra sequestros digitais, acessos não autorizados e falhas sistêmicas.

Para que essa estratégia seja efetiva, é fundamental adotar boas práticas, como a diversificação dos ambientes de armazenamento, combinando diferentes formas de salvamento de informações em locais físicos e em nuvem para reduzir o risco de comprometimento total dos dados. Além disso, a automação dos backups minimiza falhas humanas e garante a execução periódica do processo. A segurança dessas cópias também deve ser prioridade, com o uso de criptografia e protocolos de autenticação avançados. Testes regulares de recuperação garantem que, no momento necessário, os dados possam ser restaurados de forma rápida e eficiente.

Diante da crescente sofisticação das ameaças cibernéticas, a segurança da informação precisa ser tratada como um investimento estratégico. Empresas que adotam uma postura proativa, implementando políticas robustas de proteção e recuperação de dados, não apenas mitigam riscos, mas também reforçam sua solidez e credibilidade no mercado.