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REVIEW

Monster Hunter Wilds: Diversão com fluidez e criatividade faz novo jogo da franquia brilhar

Um dos títulos mais esperados do ano faz jus ao 'hype'

Publicado em: 21/03/2025 16:04 | Atualizado em: 21/03/2025 22:26

 (Capcom/Divulgação)
Capcom/Divulgação

 

Um dos jogos mais esperados de 2025 já está entre nós. 'Monster Hunter Wilds', novo game da clássica saga de RPG da Capcom precede títulos memoráveis que fizeram sucesso de público, crítica e venda. 

Como o primeiro da franquia sendo nativa da nova geração de consoles, este veio com uma tarefa dura de agradar os jogadores antigos, trazendo novos monstros e biomas, e angariar novos players, procurando abrandar mecânicas já estabelecidas.

Como toda saga que é bastante querida pelos fãs, tanto amor assim pode virar um protecionismo exacerbado com os novos títulos. Esse efeito foi notado quando a Capcom divulgou que 'Wilds' teria um maior foco na história, o que já despertou o chiado de uma parte mais conservadora da comunidade de Monster Hunter nas redes sociais.

Aqui, o jogo começa quando um garoto chamado Nata é encontrado próximo à fronteira das Terras Proibidas, uma região inexplorada que a Guilda, instituição que controla pesquisadores e caçadores de monstros, acreditava ser inabitada. Segundo o garoto, a vila isolada onde morava foi atacada por uma misteriosa criatura, o "Espectro Branco". Assim, a Guilda convoca o Caçador para investigar a origem e o que pode vir a ser essa criatura desconhecida e colossal.

 

MONSTER HUNTER WILDS

 

 (Capcom/Divulgação)
Capcom/Divulgação
 

 

O 'elefante branco' nesse jogo é, claramente, a história. Maior ponto de debate entre fãs antigos e novos ao ter o 'Wilds' em mãos foi o enredo e qual seria o seu papel na visão geral do game. Neste ponto, temos uma má e uma boa notícia: a é que a história não é nada memorável e a boa é que ela não precisa ser

Numa visão ampliada de como ela serve ao jogo, a balança é consideravelmente positiva. A história que vemos na campanha é um ótimo jeito de apresentar as mecânicas e novidades do game e serve quase como um guia do mundo fantástico que nos é apresentado aqui. Isso tudo diminui o impacto de alguns pontos negativos, como a falta de carisma do Nata - infelizmente o ponto central do enredo -, as escolhas narrativas com pouca lógica, e, principalmente, o texto muitas vezes cafona que geralmente não causa nenhum impacto no jogador.

 

Usando do bom senso, a história pela história não deve ser tomada como um grande destaque, até porque ela não está aqui para ter esse papel. Apesar disso, ela serve bem para o espaço que ocupa e isso a faz ser agradável. As cutscenes são curtas, os diálogos são diretos e ambos são bem breves para dar espaço à contemplação do mundo e às espetaculares caçadas de monstros - inegável ponto alto do game.

Cheias de dinamismo, possibilidades e estratégias, as caçadas são deliciosas e ricas, misturando o que o jogo tem de melhor: design, variedade e trilha sonora. Os comandos são de fácil adaptação e o controle sobre as batalhas faz com que esses momentos sejam emocionantes. Ao caçador são oferecidas diversas opções de pré e durante as lutas que, casados com as possibilidades de builds, fazem o jogo ser praticamente ilimitado.

 

 (Capcom/Divulgação)
Capcom/Divulgação
 

 

Tudo isso é potencializado pela bela direção de arte que constrói o mundo. Os biomas são ricos em fauna e flora e iluminação e efeito da partículas são bonitos, fazendo o game ter ambientes vivos com atmosferas agradáveis e imersivas. O level design também chama a atenção: o mapa tem sua complexidade e mesmo assim é de fácil locomoção tanto a pé quanto usando a montaria, e a construção dos ambientes mais fechados como vilas e acampamentos é rica, cada um com sua arquitetura própria e cultura singulares.

O design das criaturas é de encher os olhos, como é de praxe na franquia. A biologia, modelagem, movimentações e diversidade divertem o jogador desde às caçadas grandes até o farm de itens dos animais menores. As maiores batalhas, claro, ganham um tom de epicidade visto a grandiosidade dos monstros, que têm variedade de ataques e 'movesets' complexos, exigindo o melhor do caçador. 

Do menu inicial até os créditos finais, 'Monster Hunter Wilds' é um jogo bonito. Com sua premissa sendo baseada no fator 'replay' e encorajada por uma gameplay divertidíssima e ambientes brilhantes, 'Wilds' é uma ótima volta para fãs antigos e também acolhedor para os novos, já sendo um dos pontos altos de um ano promissor para a indústria dos games. 

*Uma chave do jogo foi disponibilizada pela Capcom para a produção dessa review. 

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