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G20: autoridades conhecem como Pernambuco lida com desafios através da tecnologia

O encontro foi promovido no Cais do Sertão e contou com a presença de organizações nacionais e internacionais e representantes do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife

Publicado em: 23/05/2024 18:10 | Atualizado em: 23/05/2024 19:34

No evento também foi discutido o papel dos governos e empresas locais na promoção da inovação aberta em Pernambuco (Foto: Rafael Vieira/DP)
No evento também foi discutido o papel dos governos e empresas locais na promoção da inovação aberta em Pernambuco (Foto: Rafael Vieira/DP)
No segundo dia da 3ª reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Pesquisa e Inovação do G20, autoridades, delegações e organizações nacionais e internacionais conheceram os projetos desenvolvidos pelo Governo de Pernambuco e pela Prefeitura do Recife para resolver problemas urbanos e ambientais do estado. O encontro foi realizado na tarde desta quinta-feira (23) no Cais do Sertão.

No evento também foi discutido o papel dos governos e empresas locais na promoção da inovação aberta em Pernambuco, com destaque para o ecossistema de tecnologia e inovação do Porto Digital. A reunião foi composta por 40 delegações que conheceram os projetos e ações que atuam na promoção de uma sociedade menos desigual.

O Governo do Estado foi representado pelo diretor de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação e Competitividade da Secti, César Souza. Na ocasião, ele citou equipamentos pernambucanos de inovação, como o hub Usina Pernambucana de Inovação e o Armazém da Criatividade, unidade avançada do Porto Digital no Agreste.
 
Também foram apresentados o programa Cientista Arretado, que vai promover a parceria entre a academia e o Governo para a solução de desafios da gestão pública de Pernambuco; o Desafios.Day, evento de matchmaking; a Redes de Inovação, um ambiente de integração e cooperação formado por Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICT's) e entidades representativas do setor público, setor acadêmico, setor privado, terceiro setor e outros segmentos da sociedade; e outros.

"Esse é um momento ímpar onde os diversos países que compõem o G20, junto com Pernambuco, puderam discutir e entender aquilo que o Estado está fazendo de inovação aberta. Tivemos a oportunidade de falar sobre a Usina Pernambucana de Inovação, o programa Cientista Arretado e tantos outros programas que vêm fazendo com que nosso Pernambuco se torne cada vez mais inovador", pontuou o gestor.

Já a Prefeitura do Recife foi representada pelo secretário executivo de Transformação Digital, Felipe Cadena. Ele destacou que a gestão busca através de diversos departamentos do Recife as informações sobre os problemas que a cidade possui para assim poder resolvê-los.

“Anualmente o que fazemos é conseguir esse banco de dados com todos os departamentos da cidade e perguntamos ‘qual o problema que a população pode ter com seu setor?’. E então selecionamos seis ou cinco principais problemas e mergulhamos nisso com especialistas e tentamos mudá-lo de um problema para um desafio”, completou.

Também esteve presente o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, o maior parque tecnológico do Brasil e que vem ganhando destaque internacional.

“Agora somos uma espécie de distrito de inovação e temos mais de 400 empresas localizadas aqui. Agora temos um portfólio muito diversificado de empresas localizadas aqui. Nós temos muitas contribuições de coisas móveis e produtores. E quando você pega o número de empregadores que temos aqui no Porto Digital, são mais de 18 mil pessoas trabalhando, mas queremos muito mais do que isso. Queremos 50 mil ou 60 mil pessoas em 20 ou 30 anos”, disse o presidente do Porto Digital.

Dados do Censo da Educação Superior (INEP/MEC) mostram que o número de estudantes universitários em tecnologia no Recife ultrapassa o de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília desde 2018. Naquele ano, a capital pernambucana já possuía 436 estudantes de tecnologia da informação (TI) a cada 100 mil habitantes.

Grupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação

Sob a presidência brasileira no G20 em 2024, o Grupo de Trabalho (GT) de Pesquisa e Inovação foi criado com o objetivo de reduzir desigualdades no acesso à tecnologia e da transferência de conhecimento, promovendo um desenvolvimento econômico inclusivo. 

O GT é uma evolução da Iniciativa em Pesquisa e Inovação iniciada no Fórum Acadêmico de 2021, promovido pela presidência italiana do G20. O Brasil agora busca dar continuidade a essas discussões, transformando em ações concretas que possam beneficiar o ecossistema de pesquisa e inovação globalmente.

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