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Descarte Sustentável: serviço oferecido por seguradoras recolhe e destina corretamente móveis e eletrônicos quebrados ou sem uso

Publicado em: 19/04/2023 19:15

 (Foto: Reprodução/Freepik)
Foto: Reprodução/Freepik
Somente no Brasil, são produzidas 79 milhões de toneladas de lixo por ano e mais de 6,3 milhões de toneladas desse total é descartada de maneira inadequada, gerando impactos diretos e indiretos ao meio ambiente. Resíduos eletroeletrônicos, por exemplo, quando descartados de forma incorreta, liberam toxinas que podem contaminar o solo e os lençóis freáticos. Além disso, resíduos depositados nos oceanos e mares, como plásticos, trazem riscos aos animais e aves marinhas que se alimentam desses materiais.

Visando diminuir o impacto do descarte incorreto de materiais no meio ambiente e facilitar o dia a dia dos seus clientes, o mercado segurador oferece o Descarte Sustentável (ou Descarte Ecológico), cobertura que está, geralmente, atrelada ao Seguro Residencial. Segundo Carlos Wendell, diretor do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), o serviço tem como objetivo recolher bens danificados na casa de segurados e dar um destino socioambientalmente correto ao resíduo.

“Após a coleta, o material é avaliado, separado e é dado o encaminhamento adequado para o seu descarte ou reciclagem. Dentro da apólice, não há limite para a quantidade de itens que o segurado pode pedir o recolhimento”, explica o diretor do Sindsegnne. Os itens são recolhidos por empresas parceiras das seguradoras e especializadas no descarte de resíduos. Uma dessas empresas é a Ecoassist. “Os principais produtos que coletamos por meio do Descarte Sustentável são móveis e eletrodomésticos em geral como sofás, guarda-roupas, colchões, geladeiras, computadores, lavadoras de roupas, fogões e micro-ondas”, explica Eber Souza, diretor geral da Ecoassist.

Além de ajudar na preservação do meio ambiente, o Descarte Sustentável é uma importante ferramenta para o desenvolvimento da economia circular, sistema que preza pelo uso consciente e sustentável de recursos naturais. “Cerca de 95% de todos os produtos coletados não apresentam condições para reutilização. Então, por exemplo, itens de madeira como sofás que estão com cupins, mofos ou umidade, passam por um processo de trituração, depois por formação de blend, para então servirem como biocombustível através do coprocessamento. Essa é a forma desse material contaminado não parar em aterros sanitários e, de forma sustentável, servir como combustível gerando energia e sem consumir recursos da natureza”, completa o representante da Ecoassist.

Outros tipos de matéria-prima, como o plástico ou material ferroso, passam por um processo de industrialização e retornam ao mercado como matéria-prima. “Materiais com menor volume e sem escala de industrialização, retornam como subprodutos. Um exemplo são espumas que não estão contaminadas e podem retornar como parte de puffs e servirem de enchimento para colchões para a população em estado de vulnerabilidade social. Madeiras não comprometidas podem fazer parte de arte sustentável e fomentar renda local de artistas e artesãos”, diz Eber Souza.

O empresário Leonardo Dowsley, morador do Recife, possui o Seguro Residencial e já utilizou o serviço de Descarte Sustentável disponível em sua apólice. O segurado solicitou o recolhimento de dois computadores desktop, um monitor e um telefone sem fio. “Utilizei a assistência e a experiência foi ótima. Agendei a coleta e a equipe foi em minha residência e recolheu computadores e monitores sem uso para uma destinação dentro das normas de sustentabilidade. Fico feliz em ter usado a minha apólice de Seguro Residencial para preservação do nosso meio ambiente”, conta Dowsley.

Produto alinhado com ESG – A oferta do Descarte Sustentável traduz o engajamento das empresas seguradoras em oferecer soluções cada vez mais alinhadas com o conceito de ESG, termo que significa Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês. Em tradução simples, é “Ambiental, Social e Governança” e mostra a preocupação das corporações com as questões ligadas ao meio ambiente, as questões sociais e de governança corporativa.

“Nosso negócio vai muito mais além do que emitir uma apólice de seguros. Estar aliado com as diretrizes de ESG traduz na prática o quanto as seguradoras estão preocupada com os fatores ambientais, os fatores sociais e com a própria governança, fazendo jus a todo o conceito do mercado segurador que é trazer, de fato, segurança para a população”, aponta Ronaldo Dalcin, presidente do Sindsegnne.
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