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Há quem pense que tecnologia é assunto de homem. Pois uma pesquisa realizada com mais de 3 mil pessoas no Brasil mostra que esse pensamento não tem fundamento. Pelo contrário. "Algumas ideias foram desmistificadas. As mulheres atualmente tem dado grande importância a tecnologia e até mesmo mostram domínio no interesse em relação a alguns produtos", comenta Carlos Augusto Buarque, Gerente de Marketing da Intel, empresa responsável pelo levantamento.

O estudo, que levou em consideração os hábitos de consumo de tecnologia, mostrou que elas estão cada vez mais antenadas. As mulheres entrevistadas destacam a importância de manterem-se atualizadas com as mais recentes tecnologias na hora de comprar aparelhos como o All in One (45%, contra 39% entre os homens), 2 em 1 (43% contra 35%), e Ultrabooks (empate técnico, com 39% para as mulheres e 40% para os homens). "O público feminino busca aliar o bom desempenho com a praticidade, com dispositivos que caibam no dia-a-dia", analisa Buarque.

Os homens, por sua vez, parecem ter um apetite maior por novidades. É o caso dos wearables. "Além do quesito novidade, os primeiros vestíveis tinham um tamanho avantajado, próprio para braços maiores, e um design de pouco apelo feminino. Assim, acabaram sendo alvo prioritário dos homens', afirma Buarque. Segundo a pesquisa, eles demonstram mais conhecimento e interesse por produtos como smart watches (32%, contra 25% das mulheres) e smart bands (27% contra 21%).

Além das diferenças, o levantamento apontou também semelhanças entre os consumidores de tecnologia no país. De modo geral, os usuários estão mais informados e sabem escolher melhor os dispositivos. Os entrevistados demonstram encontrar satisfação plena com dispositivos que aliam desempenho ao design, como os ultrabooks – computadores ultrafinos e leves com desempenho similar ao de um notebook tradicional. 66% dos donos desse tipo de aparelho se consideram muito satisfeitos com seu dispositivo. O mesmo acontece com os all in ones, com 62% dos entrevistados relatando estarem satisfeitos com o device.

Já no caso dos tablets, 45% dos entrevistados se declararam muito satisfeitos com o dispositivo atual. A leve desaprovação das pranchetas pode estar ligada também a qualidade dos produtos, segundo Buarque. "Muitas pessoas acabam escolhendo modelos muito baratos e acabam se decepcionando. Em outros, há um desconhecimento das funcionalidades, o que gera um descontentamento por não executar as atividades que o usuário gostaria".