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Inovação Grupo pernambucano ganha prêmio da ONU com GPS para cegos O dispositivo localiza objetos a um ângulo de 120° através de tecnologia vestível

Por: Mariana Fabrício - Diario de Pernambuco

Publicado em: 18/06/2015 16:30 Atualizado em: 18/06/2015 16:27

Na foto, Marcos Oliveira e Emily Schuler, que viajaram para receber os prêmios. Foto: Mariana Fabrício/DP/DA Press.
Na foto, Marcos Oliveira e Emily Schuler, que viajaram para receber os prêmios. Foto: Mariana Fabrício/DP/DA Press.

Conhecido como Projeto PAW, o Project Annuit Walk auxilia pessoas com deficiência visual a localizar possíveis obstáculos através de raios ultrassônicos em um ângulo de 120°. Ainda um protótipo, a ideia foi desenvolvida pelo grupo de pesquisa pernambucano WearIT, que ganhou o prêmio global da ONU no World Summit Youth Awards (WSYA). O evento é voltado para inovadores digitais e sociais, e aconteceu noite desta quarta-feira, em São Paulo.

A competição se dividiu em seis premiações, além do concurso global, o grupo ainda venceu a categoria "Combater a pobreza, a fome e a doença". Utilizando uma tecnologia vestível, o objeto funciona como um óculos que, através de um sensor, identifica obstáculos a frente para que o deficiente visual possa desviar.

Desenvolvido no início de 2013, com mais seis pessoas de diferentes áreas, entre elas psicologia, computação e engenharia, o protótipo chegou a ser uma espécie de controle remoto, que logo foi descartada para não ocupar as duas mãos do cego, já que, costumeiramente, utiliza a bengala. Por esse motivo, o óculos se tornou a opção mais viável para ajudar na locomoção.

Por um sensor ultrassônicos, o óculos vibra ao identificar objetos próximos. Foto: Mariana Fabrício/DP/DA Press.
Por um sensor ultrassônicos, o óculos vibra ao identificar objetos próximos. Foto: Mariana Fabrício/DP/DA Press.

"Fizemos muitas pesquisas e percebemos que eles já possuem a bengala, um instrumento importante e que não pode ser substituído. Nesse caso, criamos um óculos que identifica o que está na parte superior através de um feedback tátil", explica o estudante universitário Marcos Oliveira, um dos criadores do projeto.

Funcionando de maneira próxima a um sensor de ré, instalados em automóveis, o óculos vibra quando algum objeto se aproxima. Além disso, uma pulseira pode ser usada para que o sensor vibre em outra parte do corpo, como braço ou pulso.

O projeto ainda contempla uma plataforma colaborativa e uma pulseira, também com sensor. Foto: Mariana Fabrício/DP/DA Press.
O projeto ainda contempla uma plataforma colaborativa e uma pulseira, também com sensor. Foto: Mariana Fabrício/DP/DA Press.

Um dos principais fatores de inovação do projeto é um aplicativo que auxilia identificando rotas e funciona de forma integrada ao óculos. "Eles interagem de maneira acessível, então o aplicativo vai informar qual o melhor roteiro a ser feito. Mas os dois também podem ser usados de forma separada", conta.

Outra solução desenvolvida pelos pesquisadores foi uma plataforma colaborativa, na qual é possível reportar obstáculos das rotas traçadas, para tornar o dispositivo atualizado e cada vez mais natural.

"As pesquisas foram essenciais para o sucesso porque pudemos entender as necessidades de uma forma que foi bastante emotiva. Ao testar o dispositivo nas associações, muitos queriam comprar porque percebiam no quanto auxiliava", lembra Marcos. O objetivo do grupo agora é tornar o protótipo uma realidade para as pessoas que precisam, provocando mudança no cenário e ambiente para o deficiente visual.

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