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Bolo de noiva teve registro aprovado por conselho (Foto: Divulgação) |
Indispensável em casamentos e sempre presente em eventos, o Bolo de Noiva de Pernambuco vai virar tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Estado.
De forma unânime, o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC-PE) votou a favor do registro das Práticas Socioculturais Associadas à iguaria como patrimônio.
O evento ocorreu na Academia Pernambucana de Letras (APL), na quinta-feira (14).
Esse é o primeiro bem imaterial ligado à cultura gastronômica registrado no Estado com base na Lei nº 16.426, de 27 de setembro de 2018, que instituiu o Sistema Estadual de Registro e Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, no âmbito estadual.
Com a deliberação do Conselho, após a assinatura oficial do decreto pela governadora Raquel Lyra e sua publicação no Diário Oficial do Estado (DOE), o bem cultural é inscrito no Livro de Registro dos Saberes do Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco.
Receita
A receita é de origem inglesa, adaptada pelas mãos pernambucanas, o bolo é diferente dos bolos de casamento dos outros estados devido aos seus ingredientes e sabores característicos.
A produção e o consumo fazem parte da cultura culinária do estado, receita que agrada todas as classes sociais, além de um importante instrumento para a economia com geração de renda e empregos no mercado gastronômico.
Segundo Cris Barros, chef, pesquisadora e professora de gastronomia da Faculdade Senac, que também foi uma colaboradora da pesquisa do bem que culminou com o registro.
“Reconhecer os modos de fazer o Bolo de Noiva como Patrimônio Imaterial de Pernambuco é salvaguardar um bem alimentar cultural único no País valorizando e reconhecendo a comunidade produtiva das boleiras e boleiros que movimentam a economia no Estado e que repassam seus conhecimentos às novas geraçõe perpetuando a preservação dos saberes tradicionais”.
Plano de Salvaguarda
Depois da votação do CEPPC-PE a favor do registro, e da publicação da resolução que informa a decisão, será publicado o decreto do Governo de Pernambuco que oficializa o registro do bem nos livros de registro do Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco.
A partir daí se dará o início da elaboração do plano de salvaguarda com a participação da comunidade.