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TEATRO

Denise Fraga é estrela de 'Eu de Você', em cartaz no Teatro de Santa Isabel

Em maratona cênica no Recife, atriz conta histórias de pessoas anônimas no espetáculo

Publicado em: 09/04/2025 11:30 | Atualizado em: 09/04/2025 15:01

Denise Fraga tem múltiplas faces em ''Eu de Você'' (Foto: Francisco Silva/DP Foto)
Denise Fraga tem múltiplas faces em ''Eu de Você'' (Foto: Francisco Silva/DP Foto)
Você já imaginou sua vida sendo narrada e interpretada por Denise Fraga? Pois é exatamente isso que poderia acontecer no monólogo Eu de Você, que traz à tona as histórias reais de cinco pessoas anônimas. A peça será encenada de hoje até sábado, no Teatro de Santa Isabel, uma semana após a atriz apresentar O Que Só Sabemos Juntos ao lado do astro Tony Ramos, no mesmo palco.

 
Sob direção de Luiz Villaça, também seu companheiro de vida, a montagem entrelaça relatos do dia a dia com fragmentos de literatura, poesia e música. Assim, o espetáculo rompe com a narrativa linear usual e celebra a beleza dos fragmentos cotidianos — aqueles instantes que, juntos, definem quem somos.
 
“A peça mexe com algo que está dentro de todo mundo, seja por identificação direta ou pela provocação de algo que a gente nem sabia que carregava”, aponta Denise, em conversa exclusiva com o Viver.

Em 2018, quando a polarização política já assolava o país, as dores, solidões e vulnerabilidades da população se refletiam nas mais de 300 histórias recebidas como sugestão para Eu de Você. Na busca por aquilo que ainda poderia unir as pessoas, os dramas universais emergiram como resposta — do pai que abandona a família a uma mãe com a Doença de Alzheimer.

Hesitante em reproduzir a fórmula do muito bem-sucedido Retrato Falado, quadro que estrelou no Fantástico, a atriz optou por uma abordagem mais íntima. “Não há personagens, mas sim vidas reais. Meu trabalho é vestir a pele do outro, caminhar com seus passos, enxergar através do seu olhar”, ressalta.
 
“As pessoas dizem com frequência que não sabem se é para rir ou chorar e acho que faz sentido, porque há uma provocação nesse lugar”, conta a carioca.

Denise reencontra o mesmo Santa Isabel onde encenou A Alma Boa de Setsuan e Galileu Galilei, entre outras peças. “Costumo dizer que Recife e Belo Horizonte têm o ‘código poético em dia’. É uma população acostumada à arte, não só pelo celeiro criativo que é Pernambuco, pela sua importância na cultura brasileira, mas principalmente pela escuta e pela sensibilidade do público”, enaltece.
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