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TRADIÇÃO

Coco das Antigas resgata cultura Pankararu em espetáculo musical

O projeto recebeu o prêmio do Edital de Mobilidade Cultural, da Fundação Nacional de Arte e circula pelo sertão pernambucano e no litoral carioca no mês de março

Publicado em: 12/03/2025 16:35

 (Divulgação)
Divulgação
Nos dias 17, 28 e 29 de março, o Coco das Antigas, grupo formado por indígenas Pankararu do sertão pernambucano, apresenta o espetáculo musical Conversa de Comadres e a oficina de teatro 'DMT- Desconstruir, Memorizar, Transformar' com roteiro baseado na sua cultura e tradição. 

Em Pernambuco, o projeto vai ser apresentado no dia 17, na Aldeia Brejo dos Padres, em Tacaratu, e no Rio de Janeiro, as atividades acontecem no Quilombo Campinho da Independência, em Paraty, nos dias 28 e 29, com entrada é gratuita.
 
O objetivo do projeto é promover a retomada de uma cultura descontinuada no ano de 2000 na comunidade Pankararu e a difundir para a sociedade. O grupo é formado por 8 integrantes de diferentes famílias Pankararu - Estela, Drika, Joana, Jurema, Jamille, Fykyá, Yaká e Robson - e contou com uma pesquisa prévia com os anciãos da comunidade e a oralidade como instrumento de preservação da história e memória dos Pankararu. Em dezembro de 2024, o grupo foi uma das atrações do Festival No Ar Coquetel Molotov, no Recife.
 
O Coco é praticado dentro do território há mais de 70 anos, a partir das trocas de saberes entre os povos daquela região. Segundo relatos dos anciãos, a dança do Coco teve sua prática iniciada dentro das aldeias Pankararu com a chegada de uma mulher cearense no território, que trouxe consigo a dança do Coco, em especial o Siriri. A prática foi acabando por conta de problemas de saúde, migração, questões de trabalho das mulheres que cantavam, dançavam e davam corpo a essa cultura do samba de coco no território.
 
Além do espetáculo musical, a oficina 'DMT- Desconstruir, Memorizar e Transformar', de Fykyá Pankararu com assistência de Bia Pankararu, será ministrada no Quilombo Campinho da Independência, em Paraty, no Rio de Janeiro, no dia 29. A oficina trabalha a relação do corpo e o território a partir das vivências, manifestações culturais, tradições e ciência dos indígenas do povo Pankararu.
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