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'A Vida Secreta de Meus Três Homens', de Letícia Simões (Divulgação) |
A cidade histórica de Tiradentes, em Minas Gerais, recebe a partir de amanhã, até o dia 1º de fevereiro, um dos mais importantes festivais do audiovisual brasileiro, célebre por abrir o calendário cinematográfico do país e pela busca por uma seleção inovadora, que descobre títulos ousados e vanguardistas todos os anos. Em sua 28ª edição, que contará com cobertura do Diario, a Mostra de Cinema de Tiradentes conta com dois longas pernambucanos entre os 140 filmes de todas as regiões do Brasil.
A Vida Secreta de Meus Três Homens, de Letícia Simões, e A Primavera, de Daniel Aragão e Sergio Bivar, são os representantes locais na Mostra Olhos Livres, ao lado de Prédio Vazio (ES), de Rodrigo Aragão; Deuses da Peste (SP/MG), de Gabriela Luíza e Tiago Mata Machado; O Mundo dos Mortos (RJ), de Pedro Tavares; As Muitas Mortes de Antônio Parreiras (RJ e CE), de Lucas Parente; e Batguano Returns: Roben na Estrada (PB), de Tavinho Teixeira.
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Bruna Linzmeyer é a homenageada da Mostra de Tiradentes 2025 (Imagem do filme 'A Frente Fria que a Chuva Traz', de Neville D'Almeida') |
A temática da edição de 2025 do evento é 'Que cinema é esse?', que indaga o ponto em que a produção nacional está hoje. O curador Francis Vogner dos Reis destaca a necessidade do cinema brasileiro sempre correr riscos, fazer novas perguntas e sair da mesmice, tanto do ponto de vista criativo quanto na elaboração de políticas públicas e estruturais do setor.
"O cinema não é 'o' cinema, mas 'os' cinemas, compostos por uma dinâmica povoada de olhares, práticas e ideias contrastantes. É necessário preservar e restaurar filmes, fazer pesquisa e crítica, programar obras e formar novos públicos”, afirma Francis. “Tudo isso faz parte do ato de 'fazer cinema', mas é preciso também reconhecer as distinções e hierarquias dentro dessa multiplicidade”.
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'A Primavera', de Daniel Aragão e Sergio Bivar (Divugação) |
A homenageada deste ano é a catarinense Bruna Linzmeyer, reconhecida pela variedade dos papeis, pelos trabalhos no cinema e ativismo em causas culturais/sociais. Com 32 anos, a atriz trabalhou com diversos autores elogiados da cinematografia brasileira, como Cacá Diegues (em O Grande Circo Místico), Neville D'Almeida (A Frente Fria que a Chuva Traz), Juliana Rojas (Cidade; Campo), Marcelo Caetano (Baby e o curta Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui), Anita Rocha da Silveira (Medusa) e Selton Mello (O Filme da Minha Vida).