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Núcleo de Experimentações em Teatro do Oprimido se desperde do projeto 'Mulheres que Carregam Homens'

Grupo encerra um de seus mais importantes trabalhos passando por feiras e espaços públicos de cidades pernambucanas

Publicado em: 04/12/2024 16:38

 (Divulgação)
Divulgação
Com mais de uma década de atuações no estado, no país e internacionalmente, o Núcleo de Experimentações em Teatro do Oprimido (Nexto) faz uma última circulação de um dos trabalhos mais emblemáticos de sua trajetória com a performance 'Mulheres que Carregam Homens', que nasce em 2017 e realizou um último giro nas últimas, passando por feiras e espaços públicos de cidades da Zona da Mata, Agreste e Região Metropolitana de Recife.

O projeto foi idealizado por Andréa Veruska e Wagner Montenegro, fundadores do Nexto, que também participam da performance, ao lado de Domingos Junior e Rebecca França. A proposta da performance é autoexplicativa: mulheres circulam carregando homens em suas costas. Neste último giro, ela passou por Lagoa do Carro, Tracunhaém, Glória do Goitá, Passira, Goiana e Itamaracá, encerrando a circulação.

O trabalho busca pôr em discussão as raízes socioculturais que fundamentam os estereótipos de gênero sobre a mulher, com a história da humanidade tendo como parâmetro o modelo patriarcal para ser contada. “A performance foi criada em 2017, como resultado da pesquisa 'Do gênero performativo às performatividades de gênero', na qual convidamos artistas para criar dispositivos artísticos que dialogassem sobre os estereótipos de gênero em ruas e espaços urbanos. As primeiras apresentações aconteceram no mercado público de Afogados e pelas ruas da Boa Vista. A partir das reações e das conversas das pessoas nesses espaços fomos encontramos as imagens simbólicas que traduzissem de forma performativa o peso que as mulheres enfrentam em suas vivências cotidianas”, destaca Wagner Montenegro.

'Mulheres que Carregam Homens' também possui registros audiovisuais no canal do YouTube do Nexto-PE, sendo também absorvida pela websérie Ferida, que mescla performances do grupo com entrevistas para discutir desigualdade de gênero e violência contra a mulher. “A performance abriu diversas oportunidades para dialogarmos com outras artistas sobre o tema e possibilitou que a gente investigasse novos formatos de criação artística. Com Mulheres que Carregam Homens, produzimos um filme de nanometragem, que foi exibido em inúmeros festivais de cinema nacionais e internacionais. O filme conquistou dois prêmios e recebeu várias indicações, o que também consolidou a nossa presença no campo do cinema”, completa Wagner.

O Núcleo de Experimentações em Teatro do Oprimido (Nexto) foi fundado em 2012 pelos atores, arte-educadores e pesquisadores Andréa Veruska e Wagner Montenegro, ambos formados pelo Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro (CTO-Rio), à época sob direção artística do Augusto Boal, fundador do método teatral sobre o qual se debruça o núcleo. Juntos realizam pesquisas, estudos e experimentações sobre o método e desenvolvem trabalhos de arte-educação, formação em Teatro do Oprimido, experimentação estética e criações artísticas em espaços sociais e culturais.
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